Uma arquitetura coreográfica e performativa na intermedialidade de Body-Buildings
DOI:
https://doi.org/10.34629/rcdmt.vol.2.n.1.pp127-149Palavras-chave:
Intermedialidade, Dança, Arquitetura, Cinema, Body-BuildingsResumo
O filme de Henrique Pina Body-Buildings (2023) coloca em diálogo a dança, a arquitetura e o cinema, ao apresentar seis obras performáticas de seis coreógrafos diferentes que decorrem em seis obras de arquitetura distintas em Portugal. Este filme de natureza intermedial apresenta-se em oposição à ideia do mero registo da peça de dança filmada em espaços arquitetónicos. A câmara cinematográfica de Pina entra em diálogo com o movimento dos corpos e com a arquitetura, invocando outras perspetivas/ visões/ planos, que seriam impossíveis de concretizar na vivência quotidiana do espaço arquitetónico.
Body-Buildings não celebra apenas o encontro direto entre as artes performativas e a arquitetura, mas também constrói e abre as vias respiratórias a um espaço fértil e híbrido que nos transporta para o abismo de novas possibilidades estéticas e sensoriais. A intermedialidade presente nesta obra não é apenas uma ferramenta de experimentação, mas encerra em si uma força transformadora que procura redefinir a forma como se entende e experiencia o espaço e a arte.
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