Manuel de Sá Couto, o “Lagoncinha” (1768-1837), expoente da organaria histórica portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.34629/rcdmt.vol.1.n.1.pp87-102Palavras-chave:
Manuel de Sá Couto, Lagoncinha, Órgão português, Organaria histórica, Norte de PortugalResumo
O órgão histórico de tipo português foi definido na viragem do século XVIII para o XIX através da atividade exercida na região de Lisboa pelos mestres organeiros António Xavier Machado e Cerveira (1756-1828) e Joaquim António Peres Fontanes (1750-1818). No norte do país, este modelo orgânico foi ampla e contemporaneamente implementado pelo mestre organeiro Manuel de Sá Couto (1768-1737), formado na escola organeira emanada da oficina vimaranense do mestre galego Francisco Antonio de Solla Filgueira (1731-1794). Pese embora o “Lagoncinha” – alcunha pela qual Sá Couto também ficou conhecido – tenha realizado uma síntese pessoal entre tradição ibérica e portuguesa, manifesta na elevada qualidade técnica e artística das várias dezenas de órgãos que construiu ainda preservados, a sua relevância no contexto da organaria portuguesa oitocentista ainda não foi devidamente legitimada pela historiografia do órgão em Portugal. É precisamente este reconhecimento que o presente artigo vem reivindicar.
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