Uma exploração teórica a partir da performance Movimentos Demorados para uma Alegria Obstinada
DOI:
https://doi.org/10.34629/rcdmt.vol.1.n.2.pp85-113Palavras-chave:
Prática como investigação, Transdisciplinaridade, Coreografia, Visível/invisível, Investigação coletiva, DanceituarResumo
Este artigo reflete sobre uma prática iniciada por Inês Zinho Pinheiro e Massimo Milella após a sua performance de 2023, Movimentos Demorados para uma Alegria Obstinada, criada com um grupo informal de performers-investigadores em som, dança e dramaturgia visual. A prática é orientada por uma metodologia em desenvolvimento introduzida por Inês, intitulada dancepting, que combina coreografia, dança e investigação teórica. O artigo desdobra-se em três questões-chave extraídas desta prática: ‘Como podemos imaginar uma escolha?’ explora o potencial de movimentos ainda por realizar, destacando a tensão entre o visível e o invisível; ‘Como concretizamos algo intangível?’ aborda o desafio de tornar ideias abstratas visíveis e tangíveis, preservando a sua intangibilidade; ‘Como passamos por isso juntos?’ considera o equilíbrio entre autonomia e coletividade nesta performance. O artigo conclui com uma conversa danceituada que funde narrativas e leituras, sendo marcada por uma leve ingenuidade essencial à procura de uma alegria obstinada.
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