Aplicações de ajuda ao voto

que efeitos nos utilizadores portugueses?

Autores

  • Rui Alves Lajas ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
  • José Santana Pereira ISCTE/CIES – Instituto Universitário de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.4000/cp.2142

Palavras-chave:

AAV, EU Profiler, eleições europeias, efeitos, campanhas

Resumo

Este trabalho pretende contribuir para a discussão em torno das Aplicações de Ajuda ao Voto (AAV) em Portugal. Os estudos anteriores sobre as AAV em Portugal incidiram sobretudo no perfil dos utilizadores ou em aspetos metodológicos relativos ao processo de criação destas ferramentas. Por esse motivo, conhecemos muito pouco sobre os efeitos que estas ferramentas podem ter nos utilizadores portugueses. Neste artigo, analisamos uma panóplia de efeitos reportados pelos utilizadores da versão portuguesa da EU Profiler, a primeira AAV no país, e demonstramos que a perceção de eficácia política interna e os hábitos de consumo de informação são os melhores preditores da maioria dos efeitos provocados pela EU Profiler, enquanto o posicionamento ideológico apenas é capaz de explicar efeitos de reforço, orientação e conversão.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Andreadis, I. (2013). Voting advice applications: A successful nexus between informatics and political science. Paper Presented at BCI ’13, Thessaloniki, Grécia, 19-21 Setembro.

Cedroni, L. e Garzia, D. (2010). Voting Advice Applications in Europe, The State of the Art. Nápoles: ScriptaWeb.

Costa Lobo, M., Vink, M. e Lisi, M. (2010). Mapping the political landscape: A vote advice application in Portugal. In: Cedroni, L. e Garzia, D. Voting Advice Applications in Europe, The State of the Art. Nápoles: ScriptaWeb: 143-171. DOI : 10.2139/ssrn.1695007

Costa Lobo, M., Santana Pereira, J. e Sanches, E. (2015a). Síntese Exploratória dos Dados da Bússola Eleitoral. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Costa Lobo, M., Santana Pereira, J. e Sanches, E. (2015b). Síntese Exploratória dos Dados da Bússola Eleitoral, 2 A política económica vista pelos eleitores. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Dalton, R. e Wattenberg, M. (2000). Parties Without Partisans, Political Change in Advanced Industrial Democracies. Nova Iorque: Oxford University Press.

De Rosa, R. (2010). Cabina-elettorale.it (Provides Advice to Italian Voters Since 2009). In: Cedroni, L. e Garzia, D. Voting Advice Applications in Europe The State of the Art. Nápoles: ScriptaWeb: 187-198.

Downs, A. (1957). An Economic Theory of Democracy. Nova Iorque: HarperCollins Publishers.

Farrell, D. e Schmitt-Beck, R. (ed.) (2002). Do Political Campaigns Matter? Campaign Effects in Elections e Referendums. Londres: Routledge.

Finkel, S. E. (1985). Reciprocal effects of participation and political efficacy: A panel analysis. American Journal of Political Science, 29: 891–913. DOI : 10.2307/2111186

Fivaz, J. e Nadig, G. (2010). Impact of voting advice applications (VAAs) on voter turnout and their potential use for civic education. Policy & Internet, 2 (4): 167-200. DOI : 10.2202/1944-2866.1025

Franklin, M. (2005). The fading power of national politics to structure voting behaviour in elections to the European Parliament. Paper Delivered at the Conference on the 2004 European elections, Central European University, Budapeste, 21–21 Maio.

Freire, A. (2005). Eleições de segunda ordem e ciclos eleitorais no portugal democrático, 1975-2004. Análise Social, XL (177): 815-846.

Garzia, D. e Marschall, S. (2012). Voting advice applications under review: The state of research. International Journal Electronic Governance, 5 (3-4): 203-222. DOI : 10.1504/IJEG.2012.051309

Garzia, D. e Marschall, S. (2014a). Matching Voters with Parties and Candidates, Voting Advice Applications in a Comparative Perspective. Colchester: ECPR Press.

Garzia, D. e Marschall, S. (2014b). Voting advice applications in a comparative perspective: An introduction. In: Garzia, D. e Marschall, S. Matching Voters with Parties and Candidates, Voting Advice Applications in a Comparative Perspective. Colchester: ECPR Press: 1-10.

Garzia, D., Trechsel, A. H., Vassil, K. e Dinas, E. (2014). Indirect campaigning: Past, present and future of voting advice applications. In: Grofman, B., Franklin M. e Trechsel, A. H. (eds.). The Internet and Democracy in Global Perspective, Studies in Public Choice 31. Switzerland: Springer International Publishing: 25-4.

Geis, B. (2006). Explaining voter turnout: A review of aggregate-level research. Electoral Studies, 25: 637-663. DOI : 10.1016/j.electstud.2005.09.002

Gemenis, K. (2013). Estimating parties’ policy positions through voting advice applications: Some methodological considerations. Acta Politica, 48 (3): 268-295. DOI : 10.1057/ap.2012.36

Holleman, B., Kamoen, N., Krouwel, A., van de Pol, J. e de Vreese, C. (2014). Positive versus negative wordings: A threat to validity of VAAs. ECPR 2014, Glasgow, 3-7 Setembro.

Jalali, C. (2004). As mesmas clivagens de sempre? Velhas clivagens e novos valores no comportamento eleitoral português. In: Freire, A., Costa Lobo, M. e Magalhães, P. (orgs.). Portugal a Votos: As Eleições Legislativas de 2002. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais: 87-124.

Krouwel, A., Vitiello, T. e Wall, M. (2012). The practicalities of issuing vote advice: A new methodology for profiling and matching, International Journal of Electronic Governance, 5 (3-4): 223-243. DOI : 10.1504/IJEG.2012.051308

Ladner, A., Fivaz, J. e Pianzola, J. (2010). Impact of voting advice applications on voters’ decision-making. Paper to be presented at the Conference “Internet, Politics, Policy, 2010: An Impact Assessment”. 16-17 de Setembro, Oxford Internet Institute (OII), Universidade de Oxford.

Ladner, A. e Pianzola, J. (2010). Do Voting advice applications have na effect on electoral participation and voter turnout? Evidence from the 2007 Swiss Federal Elections. In: Tambouris, E., Macintosh A. e Glassey, O. (orgs.), Electoral Participation.. Berlim: Springer: 211-224.

Lajas, R. (2016). O Papel das Voting Advice Applications em Campanhas Eleitorais, Um Olhar Sobre o Caso Português. Dissertação submetida com o Requisito Parcial para a Obtenção do grau de Mestre em Ciência Política. Lisboa, ISCTE-IUL.

Lipset, S. M. e Rokkan, S. (1967). Party systems and voter alignments: Cross-national perspectives. New York: The Free Press.

Lisi, M. (2008). Fidelidade de voto e mobilidade eleitoral em Portugal. In: Villaverde, M. C., Aboim, S., Wall, K. e Carreira da Silva, F. (orgs.). Itinerários, a Investigação nos 25 anos do ICS. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais: 239-255.

Louwerse, T. e Rosema, M. (2011). The design effects of voting advice applications: Comparing methods of calculating results. Paper presented at the European Consortium for Political Research (ECPR) General Conference, August 24-27. Reykjavik, Iceland.

Marschall, S. e Schmidt, C. K. (2010). The impact of voting indicators: The case of the German Wahl-O-Mat. In: Cedroni, L. e Garzia, D. Voting Advice Applications in Europe The State of the Art. Nápoles: ScriptaWeb: 65-90.

Marschall, S. (2014). Profiling users. In: Garzia, D. e Marschall, S., Matching Voters with Parties and Candidates, Voting Advice Applications in a Comparative Perspective. Colchester: ECPR Press: 93-104.

Niemi, R. G., Craig, S. C. e Mattei, F. (1991). Measuring internal political efficacy in the 1998 national electional study. The American Political Science Review, 85 (4):1407-1413.

Reif, K. e Schmitt, H. (1980). Nine second-order national elections: A conceptual framework for the analysis of European elections results. European Journal of Political Research, 8 (1): 3-44. DOI : 10.1111/j.1475-6765.1980.tb00737.x

Resende, M. M. e Sanches, E. (2009). The Portuguese European Parliament elections June 2009. EPERN European Parliament Elections Briefing 31, European Parties Elections and Referendums Network, University of Sussex.

Ruusuvirta, O. (2010). Much ado about nothing? Online voting advice applications in Finland. In: Cedroni, L. e Garzia D., Voting Advice Applications in Europe The State of the Art. Nápoles: ScriptaWeb: 47-64.

Santana Pereira, J. (2010). Portugal. In: Wojciech, G. (ed.). The 2009 Elections to the European Parliament Country Reports, European University Institute. Florença: 143-148.

Trechsel, A. H. e Mair P. (2011). When parties (also) position themselves: An introduction to the EU Profiler. Journal of Information Technology & Politics, 8 (1): 1-20. DOI : 10.1080/19331681.2011.533533

Van Camp, K., Lefevere J. e Walgrave, S. (2014). The content and formulation of statements in voting advice applications: A comparative analysis of 26 VAAs. In: Garzia, D., e Marschall, S. Matching Voters with Parties and Candidates, Voting Advice Applications in a Comparative Perspective. Colchester: ECPR Press: 11-32.

Vassil, K. (2011). Voting Smarter? The Impact of Voting Advice Applications on Political Behavior. Thesis Submitted for Assessment with a View to Obtaining the Degree of Doctor of Political and Social Sciences of the European University Institute. Florença: EUI.

Walgrave, S., van Aelst, P. e Nuytemans, M. (2008). ‘Do the vote test’: The electoral effects of a popular vote advice applications at the 2004 Belgian elections. Acta Política, 43 (1): 50-70.

Walgrave, S., Nuytemans, M. e Pepermans, K. (2009). Voting aid applications and the effect of statement selection. West European Politics, 32 (6): 1161-1180. DOI : 10.1080/01402380903230637

Wall, M., Krouwel, A. e Kleinnijenhuis, J. (2012). Political matchmakers – How do the decision rules employed by vote advice application sites influence their advice? ELECDEM Conference, Florença.

Downloads

Publicado

2021-10-20

Como Citar

Aplicações de ajuda ao voto: que efeitos nos utilizadores portugueses?. (2021). Comunicação Pública, 13(24). https://doi.org/10.4000/cp.2142