O ensaio sem qualidades
entre o historiador e o jornalista
DOI:
https://doi.org/10.4000/cp.5390Palavras-chave:
literatura, imprensa, históriaResumo
O artigo analisa o romance O homem sem qualidades, de Robert Musil, que possui uma noção de ensaísmo com desdobramentos singulares que ultrapassam as convenções de gênero, porquanto sua concepção de ensaio e de romance não se prende às formas, mas ao pressuposto existencial que as determina. Por meio da literatura, articula-se a afinidade eletiva em duas frentes complementares, História e Comunicação, pois esses dois saberes dizem respeito à reflexão acerca das instâncias de interlocução e aos limites e às possibilidades do diálogo, sendo tomados, em sentido estrito, como expressão de configurações culturais.
Downloads
Referências
Aristóteles (1990). Poética. Maia, Portugal: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Bloch, M. (2002). Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Bourdieu, P. (2010). O poder simbólico. Rio de Janeiro, Brasil: Bertrand Brasil.
Bucci, E. (2019). Existe democracia sem verdade factual?. São Paulo, Brasil: Editora Estação das Letras e Cores.
Burke, P. (2002). História e teoria social. São Paulo, Brasil: Ed. UNESP.
Foucault, M. (2008). Arqueologia do saber. Rio de Janeiro, Brasil: Forense Universitária.
Hartog, F. (2013). Regimes de historicidade. Belo Horizonte, Brasil: Autêntica.
Kant, I. (2001). Crítica da razão pura. Lisboa, Portugal: Calouste Gulbenkian.
Koselleck, R. (2013). A configuração moderna do conceito de História. In Koselleck, R. et alii. O conceito de História. Belo Horizonte, Brasil: Autêntica.
Lacan, J. (1999). O seminário, livro V: as formações do inconsciente (1957-58). Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Lene, H. (2014). O “fato jornalístico” como conceito crucial no jornalismo e suas imbricações como “fato histórico” e “fato social”. Revista Ecopós, Transformações do visual e do visível, 17 (2). Rio de Janeiro, Brasil: UFRJ.
Lukács, G. (2000). A teoria do romance. São Paulo, Brasil: Duas Cidades/Editora 34.
Martino, L. (2003). Epistemologia da comunicação. São Paulo, Brasil: Loyola.
Musil, R. (1989). O homem sem qualidades. Rio de Janeiro, Brasil: Nova Fronteira.
Musil, R. (1978). Prosa und stücke, kleine prosa, aphorismen, autobiographisches essays und reden, kritik. Reinbeck b. Hamburg, Alemanha: Rowohlt.
Nora, P. (1984). O acontecimento e o historiador do presente. In Goff, J. & Nora, P.. A nova história. Lisboa, Portugal: Edições 70.
Park, R. (1976). A notícia como forma de conhecimento. In Steinberg, C. S. Meios de comunicação de massa. São Paulo, Brasil: Cultrix.
Sodré, M. (2002). Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear em rede. Petrópolis, Brasil: Vozes.
Sófocles. (2002). A trilogia tebana. Rio de Janeiro, Brasil: Zahar.
Vainfas, R. (1997). Caminhos e descaminhos da história. In Cardoso, C. F. & Vainfas, R.. Domínios da história. Rio de Janeiro, Brasil: Elsevier.
Watt, I. (1957). The rise of the novel. Londres, Inglaterra: Chatto and Windus.
Wehling, Arno (1992). Fundamentos e virtualidades da epistemologia da história: algumas questões. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, 5(10), 147-169.
Wittgenstein, L. (2001). Tractatus lógico-philosophicus. São Paulo, Brasil: EDUSP. DOI : 10.4324/9781315884950
Wittgenstein, L. (1996). Investigações filosóficas. São Paulo, Brasil: Nova Cultural.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Os conteudos da Comunicação Publica estão licenciados com uma licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.