Mudam-se os tempos? Mudem-se as vontades!

publicidade em dias covidianos

Autores

  • José Teixeira Centro de Estudos Humanísticos - Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.4000/cp.11694

Palavras-chave:

publicidade e perceções sociais, publicidade e estratégias comunicativas, estereótipos, frames cognitivos, COVID-19

Resumo

A publicidade é uma atividade evidenciadora dos mais relevantes pulsares sociais, mostrando, com bastante fidelidade, as correntes e as pressões que, em determinada situação, perpassam por uma sociedade.
Procurando ilustrar esta realidade, este texto tentará demonstrar como a publicidade não só se adaptou mas também aproveitou as novas vivências dos tempos da pandemia. Parte-se da perspetiva de que há, basicamente, neste processo de adaptação, três tipos de produtos que parecem implicar três tipos de estratégias diferentes: novos produtos que a pandemia fez nascer; produtos já existentes a que a pandemia pode potenciar um grande crescimento; produtos existentes que não cresceram com a pandemia, mas que tiveram de se adequar aos novos tempos para continuarem com a mesma importância.
Defendendo que é nesta última tipologia de adequação que estão os processos mais criativos, analisaremos, como exemplo da adequação de uma campanha publicitária aos tempos COVID, o anúncio de Natal 2020 da cadeia de hipermercados Continente. Quer as linhas mestras a atingir pela campanha, quer as estratégias comunicativas evidenciam como a publicidade consegue navegar nos mares da pandemia.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • José Teixeira, Centro de Estudos Humanísticos - Universidade do Minho

    De 1984 a 1986 lecionou na Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Filosofia, Braga, e desde 1986 até à atualidade na Universidade do Minho, onde é Professor Associado. É Doutorado em Ciências da Linguagem, desde 15 de maio de 2000, pela Universidade do Minho, no domínio das relações entre a perceção e a verbalização do espaço. Um dos primeiros investigadores da Linguística Cognitiva em Portugal, é autor de várias publicações no domínio da semântica cognitiva e sobre cognição, língua e publicidade, que podem ser consultadas na Web, através do Repositorium da Universidade do Minho https://repositorium.sdum.uminho.pt/browse?type=author&authority=802&authority_lang=por

    Centro de Estudos Humanísticos - Universidade do Minho
    Campus de Gualtar,
    4710-057 Braga

Referências

Aman, R. (1982). Interlingual taboos in advertising: How not to name your product. In: R. J. Di Pietro (Ed.), Language and the professions (pp. 215-224). Ablex.

Babiloni, F. (2015). Neuromarketing. In Wrigh, J. D. (Ed.), International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences (2.a ed.,, pp. 698-702). Elsevier.

DOI : 10.1016/B978-0-08-097086-8.56029-2

Babiloni, F., & Cherubino, P. (2020). Neuromarketing. In Neuroscience and Biobehavioral Psychology, Elsevier.

DOI : 10.1016/B978-0-08-097086-8.56029-2

Bex, A. (1993). The genre of advertising, Revue Belge de Philologie et d’Histoire, 71, 719-732.

DOI : 10.3406/rbph.1993.3900

Cabecinhas, R. (2005). Processos cognitivos, cultura e estereótipos sociais. Actas do III SOPCOM, VI LUSOCOM e II IBÉRICO – Volume IV. Universidade da Beira Interior, Covilhã.

Charaudeau, P. (1983). Langage et discours. Eléments de sémiolinguistique (théorie et pratique). Hachette.

Charaudeau, P. (1992). Grammaire du sens et de l’expression. Hachette.

Charaudeau, P. (1994). Le discours publicitaire, genre discursif, In La publicité: masques et mirroirs, Mscope no 8, CRDP de Versailles.

Cienki, A. (2007). Frames, Idealized Cognitive Models, and Domains. In D. Geeraerts, & H. Cuyckens(Ed.), The Oxford Handbook of Cognitive Linguistics. Oxford University Press.

DOI : 10.1093/oxfordhb/9780199738632.013.0007

Fillmore, C. (1982). Frame semantics. In Linguistic Society of Korea (Ed.), Linguistics in the Morning Calm, (pp. 111-137). Hanshin.

DOI : 10.1016/B0-08-044854-2/00424-7

Forceville, C. (1996). Pictoral Metaphor in Advertising. Routledge.

Forceville, C. (2008). Pictoral and Multimodal Metaphor in Commercials. InE. F. McQuarrie & B. J. Phillips (Eds.), Go Figure! New directions in advertising rhetoric (pp. 178-204). M. E. Sharpe

Gibbs Jr., R. W. (2003). Embodied experience and linguistic meaning, Brain and language, 84, 1-15.

DOI : 10.1016/S0093-934X(02)00517-5

Gibbs Jr., R. W., Lima, P. L. C. & Francozo, E. (2004). Metaphor is grounded in embodied experience, Journal of Pragmatics, 36, 1189-1210.

DOI : 10.1016/j.pragma.2003.10.009

Goldman, R. (1992). Reading ads socially. Routledge.

DOI : 10.4324/9780203976944

Hsu, L. and Chen, Y. –J. (2020). Neuromarketing, subliminal advertising, and hotel selection: An EEG study, Australasian Marketing Journal (AMJ), 28(4), 200-208.

DOI : 10.1016/j.ausmj.2020.04.009

Johnson, M. (2012). The Meaning of the Body: Aesthetics of Human Understanding. University of Chicago Press.

Kress, G. & Van Leeuwen, T. (1990). Reading images. Deakin University Press.

DOI : 10.1075/idjdd.12.2.03kre

Kress, G. R. & Van Leeuwen, T. (1996 [2006]). Reading Images: The Grammar of Visual Design (2.ª ed). New York: Routledge

Lakoff, G. (1982). Categories: An essay in cognitive linguistics. In Linguistic Society of Korea (Ed.), Linguistics in the morning calm. Hanshin.

Lakoff, G. (1987). Women, fire, and dangerous things: What categories reveal about the mind. University of Chicago Press.

Lakoff, G. (1995). Embodied Minds and Meanings. In P. Baumgartner & S. Payr (Eds.), Speaking Minds — Interviws with Twenty Eminent Cognitive Scientists. Princeton University Press.

Lakoff, G. & Johnson, M. (1999). Philosophy in the Flesh: The Embodied Mind and its Challenge to Western Thought. Basic Books.

Lakoff, R. T. (1982). Persuasive discourse and ordinary conversation, with examples from advertising. In D. Tannen (Ed), Analyzing discourse: Text and talk, (pp. 25-42). Georgetown University Press.

Lee, N. et al. (2007). What is ‘Neuromarketing’? A Discussion and Agenda for Future Research, International Journal of Psychophysiology, 63(2), 199-204.

DOI : 10.1016/j.ijpsycho.2006.03.007

Lim, W. M. (2018). Demystifying neuromarketing, Journal of Business Research, 91, 205-220.

Lippmann, W. (1961 [1922]). Public Opinion. Free Press.

DOI : 10.1097/00005053-192301000-00118

Morato, E. M. (2010). A noção de frame no contexto Neurolinguístico: o que ela é capaz de Explicar?, Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Letras e cognição, 41, 93-113.

O’Barr, W. (1994). Culture and the ad: Exploring otherness in the world of advertising. Westview Press.

Pateman, T. (1983). How is understanding an advertisement possible? In H. Davis & P. Walton (Eds.), Language image media (pp. 187-204). Blackwell.

Schank, R. C.& Abelson, R. (1977). Scripts, Plans, Goals, and Understanding. Earlbaum Assoc.

DOI : 10.1016/B978-1-4832-1446-7.50019-4

Schwartz, B & Reisberg, D. (1991). Learning and memory. Norton.

Tajfel, H. (1981/1983). Grupos humanos e categorias sociais (Vol. 1 e 2). Livros Horizonte.

Teixeira, J. (2014). Publicidade, cognição e linguagens: A (in)sustentável leveza dos estereótipos. In A. G. Macedo et al. (Orgs.), As Humanidades e as Ciências. Disjunções e Confluências (pp. 237-260). Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. http://hdl.handle.net/1822/34243

Teixeira, J. (2015a). Poder e valores da linguagem verbal na publicidade. In A. S. Silva & K. Falcone (Orgs.), Revista Portuguesa de Humanidades – Discurso e Cognição, 19(1), 79-98. http://hdl.handle.net/1822/41671

Teixeira, J. (2015b), Mecanismos linguísticos em publicidade: a construção dos conceitos de perfeição e de eternidade. In M. A. Marques & X. M. Sánchez Rei (Eds.), Novas perspetivas linguísticas no espaço galego-português (pp. 175-199) Departamento de Galego-Portugués, Francés e Lingüística, Universidade da Coruña. http://hdl.handle.net/1822/37701

Teixeira, J. (2019). Publicidade e storytelling: a força de uma metáfora numa linguagem de poder. In M. A. Marques & S. G. Sousa (Eds), Linguagens de Poder (pp. 247-263). Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. http://hdl.handle.net/1822/62455

Toolan, M. (1988). The language of press advertising. In: M. Ghadessey (Ed.), Registers of written English (p. 52-64). Pinter.

Van Dijk, T. A. (2008). Discourse and Power. Palgrave Macmillan.

Downloads

Publicado

2021-06-30

Edição

Secção

DOSSIÊ TEMÁTICO: Publicidade em tempos de pandemia: novos desafios e abordagens

Como Citar

Mudam-se os tempos? Mudem-se as vontades! publicidade em dias covidianos. (2021). Comunicação Pública, 16(30). https://doi.org/10.4000/cp.11694