Consumo e auto-estima
DOI:
https://doi.org/10.4000/cp.9858Palavras-chave:
self, auto-estima, consumo impulsivo, consumo excessivo, consumo de prestígio, possessões e materialismoResumo
Este trabalho insere-se no âmbito de um projecto de investigação internacional, tendo como principal finalidade estudar e analisar o impacto que os comportamentos de compra exercem na construção do self e se estes são passíveis de explicar algumas dimensões da auto-estima. Para o efeito, e tendo por base o instrumento desenvolvido por Quintanilla, Dittmar e Luna-Arocas (2000), foi levado a cabo um estudo empírico junto de 331 estudantes universitários, 229 em Portugal e 101 na Austrália. Os dados foram analisados em termos quantitativos e qualitativos, recorrendo-se às estatísticas descritivas e multivariadas. Para além disso, realizaram-se análises de conteúdo, procedendo-se a uma categorização prototípica e subsequente análise de semelhanças e lexicográfica. Considerando as discrepâncias do self nas suas mais diversas dimensões, podemos concluir que esta população possui alguns problemas de auto estima, nomeadamente nas suas dimensões físicas, emocionais e económicas, procurando encontrar em distintos e específicos comportamentos de compra uma possível solução para colmatar tais dissonâncias.
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