Selfies in a lonely crowd
interaction and meaning in social networks
DOI:
https://doi.org/10.4000/cp.1017Resumo
Nos primeiros tempos da Internet, investigadores proeminentes dos aspectos sociológicos relacionados com a Internet pensaram que os mundos da vida on-line e off eram desligados entre si, como se fossem paralelos. A cibercultura enfatizou uma experiência mais contingente, flexível e fluida de individualidade. Tais abordagens produziram uma forte influência nos primeiros estudos pós-modernos sobre Internet (Hayward, 1991; Stone, 1996; Mosco, 2004; Talbot, 1995). Lendo essas primeiras contribuições parece que a Internet abriu o caminho para a plena realização das utopias políticas que conceberam o ciberespaço como tendo uma estrutura inerentemente democrática (Barlow, 1996). A Internet dos nossos dias está longe de ser a mesma de fases anteriores. Dominada pelo Google, Twitter, YouTube e Wikipedia, foi, adicionalmente, sendo moldada pela WikiLeaks e pelas chamadas revoluções do Facebook e Twitter no norte da África e no Médio Oriente. Ao longo dos anos, perspectivas sobre as identidades e interações sociais têm mudado muito. Hoje, os estudos do Internet seguem um caminho baseado na investigação empírica das interações sociais eficazes executadas no ambiente digital. A maioria dessas perspectivas deriva o seu quadro teórico de importantes correntes do pensamento social, tais como a sociologia fenomenológica e o interacionismo simbólico. O objetivo deste artigo é discutir a complexa literatura sobre a questão da autonomia individual com relevância para a compreensão do significado do ativismo e mobilização política.
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