A comunicação organizacional enquanto conceito e processo

perceções dos peritos

Autores

  • Rita Andreia Monteiro Mourão ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
  • Sandra Miranda Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) - Instituto Politécnico de Lisboa / Centro de Investigação de Estudos de Sociologia, Instituto Universitário de Lisboa(CIES-IUL, ISCTE)
  • Gisela Gonçalves UBI - Universidade da Beira Interior

DOI:

https://doi.org/10.4000/cp.2506

Palavras-chave:

comunicação organizacional, conceito, processo, perceções, peritos

Resumo

A comunicação organizacional (CO) assume relevância relativamente à dinâmica organizacional, desempenhando um papel determinante na disseminação de informação e, consequentemente, na coordenação e conclusão de tarefas, na tomada de decisões e na resolução de conflitos (Ayub, Manaf & Hamzah, 2014). Apesar desta relevância, o estudo da CO tem sido fragmentado, uma vez que esta considera diferentes perspetivas que importa ter em conta, seja em termos académicos, seja em termos práticos (Deetz, 2001; Oliveira & Ruão, 2014). Desta forma, emerge a necessidade de se perceber como é que experts - docentes universitários, formadores e gestores de comunicação - entendem, definem e concretizam a CO, realizando-se um estudo de cariz qualitativo exploratório, com entrevistas semiestruturadas a uma amostra de 33 peritos.
Os aspetos mais fortemente mencionados em relação à CO como conceito foram a sua centralidade, a sua evolução e a sua relação com áreas adjacentes. A centralidade porque a ideia de que a comunicação constitui a própria organização ainda se mantém. A sua evolução refere-se aos paradigmas (positivista, interpretativo, crítico e dialógico) que são inerentes à CO, embora este aspeto tenha sido mencionado somente pelos docentes universitários. Finalmente, a relação com outras áreas adjacentes, uma vez que a definição de CO tem vindo a ser fragmentada, estando associada a outras áreas, como a Sociologia, a Psicologia e a Gestão de Recursos Humanos.
Relativamente à CO enquanto processo, os aspetos mais fortemente apontados foram a adequação da CO ao contexto e ao interlocutor, bem como a relevância do planeamento e a necessidade de formação. Isto porque cada vez mais se assume a necessidade de adaptar o estilo de comunicação à estrutura da organização e aos seus stakeholders, bem como a pertinência de formar os envolvidos relativamente aos objetivos, aos instrumentos e às ferramentas de que necessitam para este processo.

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Publicado

2021-10-08

Como Citar

A comunicação organizacional enquanto conceito e processo: perceções dos peritos. (2021). Comunicação Pública, 13(25). https://doi.org/10.4000/cp.2506