Porque é que as fake news se transformaram em protagonistas do jornalismo contemporâneo?

Autores

  • Andreia Fernandes Silva Isvouga - Instituto Superior de Entre Douro e Vouga

DOI:

https://doi.org/10.4000/cp.4139

Palavras-chave:

fake news, false news, não acontecimentos, jornalismo, factos

Resumo

Numa época em que a expressão fake news serve para categorizar muito do que se diz e escreve, importa refletir sobre o termo e o seu significado. O presente ensaio recupera alguns conceitos e algumas ideias sobre o papel do jornalismo e a sua função, mais importante do que nunca, na verificação de factos e no desmascaramento de práticas de desinformação que já não estão apenas limitadas ao campo da política e ao esforço de propaganda de cariz ideológico. Na origem de muitas fake news estão interesses económicos e práticas comerciais que foram potenciadas pela internet. O esforço de reflexão surge no sentido de identificar e clarificar a expressão, enquadrando-a no atual ecossistema mediático contemporâneo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

Referências

Abecassis, T. (2018, outubro 21). Em Portugal, as notícias falsas têm mais impacto no futebol do que na política. Jornal Público. Disponível em: https://www.publico.pt/2018/10/21 /sociedade/noticia /fake-news-portugal-1848369 (Acedido a: 30 de outubro 2018).

Allcott, H. & Gentzkow, M. (2017). Social media and fake news in the 2016 election. Journal of Economic Perspectives, 31(2), 211-236.. Disponível em: https://www.nber.org/papers/w23089 (Acedido a: 10 de outubro 2018). DOI : 10.1257/jep.31.2.211 good / bad

Amaral, I. (2016). Redes sociais na internet: Sociabilidades emergentes. Covilhã, Portugal: LABCOM.IFP.

Bourdieu, P. (2001). Sobre a televisão. Oeiras, Portugal: Celta.

Brites, M. J., Amaral, I. & Catarino, F. (2018). A era das “fake news”: o digital storytelling como promotor do pensamento crítico. Journal of Digital Media & Interaction, 1(1), 85-98. Disponível em: http://recil.grupolusofona.pt/xmlui/bitstream/handle/10437/8949/2018_Brites_Amaral_Ca tarino _AEraDasFakeNews.pdf?sequence=1 (Acedido a: 30 de outubro 2018).

Castells, M. (2004). A galáxia internet. Reflexões sobre internet, negócios e sociedade. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.

Cardoso, G. & Baldi, V. (coord). (2018). As Fake News numa sociedade pós-verdade Contextualização, potenciais soluções e análise. Relatório Obercom. Disponível em: https://obercom.pt /wp-content/ uploads/2018/06/2018-Relatorios-Obercom-Fake-News.pdf (Acedido a: 5 de outubro 2018).

Carvalho, C. (2018, outubro 21). Não há fake news. Chamam-lhe mentiras. Diário de Notícias. Disponível em: https://www.dn.pt/edicao-do-dia/21-out-2018/interior/nao-ha-fake-news-chamam-se-mentiras--10046425.html (Acedido a: 22 de outubro 2018).

Cervera, J. (2018, janeiro 16). Contra la verdade, las noticias falsas no existen. Cuadernos de Periodistas, 35. Asociación de la Prensa de Madrid. Disponível em: http://www.cuadernosdeperiodistas.com/la-verdad-las-noticias-falsas-no-existen/ (Acedido a: 5 de setembro 2018).

Delmazo, C. & Valente, J. (2018). Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo, 18(32), 155-169. Disponível em: https://impactum-journals.uc.pt/mj/article/view/5682 (Acedido a: 13 de novembro 2018).

Esteves, F. (2018, outubro 14). Liberdade, verdade e inovação: o Polígrafo chegou. Polígrafo. Disponível em: https://poligrafo.sapo.pt/opiniao/artigos/liberdade-verdade-inovacao-o-poligrafo -chegou (Acedido a: 20 de outubro 2018).

Ferreira, G. B. (2017, março 23). Quem define a agenda na era da internet? Observatório Europeu de Jornalismo. Disponível em: https://pt.ejo.ch/jornalismo/define-agenda-na-era-da-internet (Acedido a: 20 de outubro 2018).

Ferreira, G. B. (2018) Sociologia dos Novos Media. Covilhã, Portugal: Labcom:IFP.

Fontcuberta, M. de (1999). A notícia. Pistas para compreender o mundo. Oeiras, Portugal: Editorial Notícias.

Gillmor, D. (2005, janeiro). The end of objetivity (version 0.91). Dan Gillmor on Grassroots Journalism, Etc. Disponível em: https://dangillmor.typepad.com/dan_gillmor_ on_grassroots/2005/01/the_end_of_obje.html (Acedido a: 5 de outubro 2018).

Halimi, S. (1998). Os novos cães de guarda. Oeiras, Portugal: Celta.

Hänska, M. & Bauchowitz, S. (2017). Tweeting for Brexit: How social media shaped the Referendum campaign. In Brexit, Trump and the Media (p. 27–31). Disponível em: http://eprints.lse.ac.uk/84614/1/Hanska-Ahy__tweeting-for-brexit.pdf (Acedido a: 15 de novembro 2018).

Kovach, B. & Rosenstiel, T. (2005). Elementos do jornalismo. O que é que os profissionais de jornalismo devem saber e o público exigir. Porto, Portugal: Porto Editora.

Maia, V. (2018, junho 26). Fake News: “As pessoas têm menos acesso a opinião contrárias às suas devido à forma como os algoritmos funcionam”. Entrevista a Fergus Bell, Revista Visão. Disponível em: http://visao.sapo.pt/atualidade/entrevistas-visao/2018-06-23-Fake-News-As-pessoas-tem-menos-acesso-a-opinioes-contrarias-as-suas-devido-a-forma-como-os-algoritmos-funcionam (Acedido a: 10 de setembro 2018).

Meneses, J. P. (2018). Sobre a necessidade de conceptualizar o fenómeno das fake news. Observatório (OBS*). p. 37-53. [online]. Disponível em: http://obs.obercom.pt/index.php/ obs/article/viewFile/ 1376/pdf (Acedido a: 25 de novembro 2018).

Pena, P. (2018, outubro 5). O jornalismo tem de explicar-se, as fake news nunca o farão. Diário de Notícias. Disponível em: https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/convidados/interior/ o-jornalismo-tem-de-explicar-se-asfakenewsnao10131862.html (Acedido a: 5 de outubro 2018).

Pinto, M. (2017). Ser jornalista. Roturas e continuidades. Estudos de Jornalismo, 7. Disponível em: http://www.revistaej.sopcom.pt/ficheiros/20180201-ej7_2017.pdf (Acedido a: 6 outubro 2018).

Ramonet, I. (2000). Propagandas silenciosas. Massas, televisão, cinema. Porto, Portugal: Campo das Letras.

Ramonet, I. (2002). A tirania da comunicação. Porto, Portugal: Campo das Letras.

Rodrigues, A. D. (1988). O acontecimento. Revista de Comunicação e Linguagens. Jornalismo, 8, 9-15.

Schudson, M. & Zelizer, B. (2017). Fake news in context in understanding and addressing the disinformation ecosystem. First Draft. Disponível em: https://firstdraftnews.org/wp-content/uploads/2018/03/The-Disinformation-Ecosystem -20180207-v2.pdf (Acedido a: 1 de outubro 2018).

Sousa, J. P. (2000). As notícias e os seus efeitos. Coimbra, Portugal: Edições Minerva Coimbra.

Tandoc, E. C., Lim, Z. W. & Ling, R. (2017). Defining “Fake News”. A typology of scholarly definitions. Digital Journalism, 6(2), 137-153. DOI: 10.1080/21670811.2017. 1360143 [online]. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/21670811.2017.1360143? journalCode=rdij20 (Acedido a: 5 de setembro 2018).

Traquina, N. (1988). As notícias. Revista de Comunicação e Linguagens, Jornalismo, 8, 29-49.

Traquina, N. (2002). O que é Jornalismo. Lisboa, Portugal: Quimera.

Wardle, C. (2017, fevereiro 16). Fake News. It’s complicated. First Draft.Disponível em: https://medium.com/1st-draft/fake-news-its-complicated-d0f773766c79 (Acedido a: 5 de setembro 2018).

Wardle, C. & Derakhshan, H. (2017). Information Disorder: Toward an interdisciplinary framework for research and policy making, Council of Europe Report. Disponível em: https://rm.coe.int/information-disorder-toward-an-interdisciplinary-framework-for-re searc/168076277c (Acedido a: 5 de setembro 2018).

Downloads

Publicado

2021-09-22

Como Citar

Porque é que as fake news se transformaram em protagonistas do jornalismo contemporâneo? . (2021). Comunicação Pública, 14(26). https://doi.org/10.4000/cp.4139