A voz como lugar de encontro e inclusão nas artes performativas
DOI:
https://doi.org/10.34629/rcdmt.vol.1.n.1.pp76-86Palavras-chave:
Voz, Vocalidade, Feminismo, Inclusão, Teatro, Pesquisa vocalResumo
Neste artigo são abordados não só o carácter único e relacional da voz trazido por Adriana Cavarero, como o poder inclusivo e feminista da pesquisa vocal em contraponto a uma abordagem logocêntrica e melocêntrica com que, maioritariamente, é pensada a vocalidade. Secundarizada, como uma "sobra" ou um excesso decorrente de um discurso, a voz para além do logos é arredada da teoria, mesmo por autores mais disruptivos como Judith Butler. No entanto, criadores/vocalistas/pensadores como Cathy Berberian, Antonin Artaud, Meredith Monk, Fátima Miranda, Roy Hart, Diamanda Galàs, Laurie Anderson dão-nos pistas inspiradoras de como a voz pode romper os paradigmas instituídos.
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