Telejornalismo público e negacionismo científico
o combate à desinformação sobre a vacinação na pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.34629/cpublica_925Palavras-chave:
Telejornalismo público, Desinformação, COVID-19, VacinaçãoResumo
Este trabalho realiza uma análise comparativa entre o telejornalismo público em Portugal e no Brasil durante a cobertura da vacinação contra a COVID-19. Foram analisadas cinco matérias de cada país e realizadas cinco entrevistas em profundidade com profissionais do Telejornal (RTP) e do Repórter Brasil (TV Brasil). A metodologia inclui análise de conteúdo e de discurso jornalístico (Herscovitz, 2010; Benetti, 2010). A pesquisa entende a inovação no telejornalismo como o cumprimento de compromissos éticos e deontológicos diante de pressões especialmente políticas. Em Portugal, destaca-se o combate à desinformação e a promoção de valores democráticos. No Brasil, observa-se o foco na ciência, mas limitação na autonomia jornalística e silenciamento de abordagem sobre o negacionismo da Presidência da República. Ambos reafirmam sua função sociopolítica na luta pelo fortalecimento da esfera pública.
Downloads
Referências
Ascensão, P. (2019). O pluralismo da informação no serviço público de televisão: Análise das temáticas e atores das notícias no telejornal da RTP. In F. R. Cádima (Org.), Diversidade e pluralismo nos média (pp. xx–xx). Instituto de Comunicação da Nova.
Bardin, L. (2002). Análise de conteúdo. Edições 70.
Bauer, M., & Aarts, B. (2002). A construção do corpus: Um princípio para a coleta de dados qualitativos. In M. W. Bauer, & G. Gaskell (Orgs.), Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático. Vozes.
Benetti, M. (2010). Análise do Discurso em jornalismo: estudo de vozes e sentidos. In C. Lago, & M. Benetti (Orgs.), Metodologia de pesquisa em jornalismo (3.ª Ed.) — Coleção Fazer Jornalismo. Vozes.
Bucci, E. (2015). O estado de Narciso: A comunicação pública a serviço da vaidade particular. Companhia das Letras.
Cádima, R. F. (2016). O “Public Service Media”, a RTP e os desafios da era digital. In Os desafios dos media de serviço público (Mediapolis: Revista de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público, 2). Universidade de Coimbra.
Coleman, R. (2003). Os antecedentes intelectuais do jornalismo público. In N. Traquina, & M. Mesquita (Orgs.), Jornalismo cívico. Livros Horizonte.
Correia, J. C & Vizeu, A. E. (2008). A construção do real no telejornalismo: do lugar de segurança ao lugar de referência. In A. Vizeu (Org.). A sociedade do telejornalismo. Vozes.
Gans. H. (2003). Democracy and the news. Oxford University Press.
Habermas, J. (1997). Direito e Democracia. Tempo Brasileiro.
Hackett, R. (2016). Declínio de um paradigma? A parcialidade e a objetividade nos estudos dos media noticiosos. In N. Traquina (Org.), Jornalismo: Questões e “estórias” (pp. 147-188). Insular.
Hallin, D. & Mancini, P. (2010). Sistemas de media — Estudo comparativo: três modelos de comunicação e política. Livros Horizonte.
_____________________ (2016). Falando do presidente: a estrutura política e a forma representacional nas notícias televisvas dos Estados Unidos e da Itália. In N. Traquina (Org.), Jornalismo: questões, teorias e “estórias” (pp. 413-436). Insular.
Herman, E. (2016). A diversidade de notícias: marginalizando a oposição. In N. Traquina (Org.), Jornalismo: questões, teorias e “estórias”. Insular.
Herscovitz, H. (2010). Análise de conteúdo em jornalismo. In C. Lago, & M. Benetti (Orgs.), Metodologia de pesquisa em jornalismo (3.ª Ed.) — Coleção Fazer Jornalismo (pp. 123-142). Vozes.
Mendel, T., & Salomon, E. (2011). O ambiente regulatório para a radiodifusão: uma pesquisa de melhores práticas para os atores-chave brasileiros (C. B. David, Trad.) — Série Debates CI, n.º 7. UNESCO.
Pavlik, J. V. (2013). Innovation and the future of journalism. Digital Journalism, 1(2), 181–193. https://doi.org/10.1080/21670811.2012.756666
Porto, M. (2004). Enquadramentos da mídia e política. In A. A. C. Rubim, Comunicação e política. Conceitos e abordagens. EDUFBA.
Ross, E. (2008). A supressão das notícias importantes. In C. Berger, & B. Marocco (Orgs.), A era glacial do jornalismo (Vol. 2). Sulina.
Rothberg, D. (2010). Jornalismo e informação para democracia: parâmetros de crítica de mídia. In R. Christofoletti (Org.), Vitrine e vidraça: crítica de mídia e qualidade no jornalismo. LabCom, Universidade da Beira Interior.
Schmitz, A. A. (2018). Os graus de autonomia do jornalista brasileiro: Lacunas entre ideais, percepções e práticas profissionais efetivas nos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Zero Hora [Tese de doutorado]. Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil.
Silva, A. (2025). A autonomia jornalística na televisão pública brasileira e portuguesa. [Tese de Doutoramento].Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Brasil. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64506
Sousa, H., & Santos, L. A. (2003). RTP e serviço público: Um percurso de inultrapassável dependência e contradição. In M. Pinto et al. (Eds.), A televisão e a cidadania: Contributos para o debate sobre o serviço público. Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/1002/1/helenasousa_lu%C3%ADssantos_RTP_2003.pdf
Soloski, J. (2016). A ideologia do profissionalismo jornalístico. In N. Traquina (Org.), Jornalismo: Questões, teorias e estórias. Vega.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Copyright (c) 2025 Author

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Os conteúdos da Comunicação Pública estão licenciados com uma licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

