A crónica como género jornalístico e o emergir do subgénero “do quotidiano”

Autores

  • José Ricardo Carvalheiro Universidade da Beira Interior

DOI:

https://doi.org/10.4000/cp.11282

Palavras-chave:

crónica, jornalismo, quotidiano, imprensa, Diário Ilustrado

Resumo

Como género jornalístico pouco codificado, a crónica sofre de várias ambiguidades ligadas aos contextos históricos e culturais em que foi sendo praticada e que, no caso português, se manifestam na falta de consenso que subsiste dentro do campo profissional. Neste artigo, procuramos situar a crónica dentro da(s) cultura(s) jornalística(s) e dar-lhe algum enquadramento histórico, focando-nos especificamente no que consideramos um subgénero formado durante o século XX, a crónica “do quotidiano”, da qual examinamos, no Diário Ilustrado de 1956, uma manifestação particular do seu processo de formação em Portugal. Antes disso, a primeira parte do artigo recenseia os sentidos que são dados atualmente à crónica e revisita de forma breve as suas origens em Portugal.

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Biografia do Autor

  • José Ricardo Carvalheiro, Universidade da Beira Interior

    Assistant Professor in the Department of Communication, Philosophy and Politics at University of Beira Interior, Portugal. Coordinator of the Journalism Master at UBI and senior researcher at LabCom. Holds a PhD in Communication Sciences, with a background in Sociology. Main interests involve media history, journalism, migration and ethnicity in the media. Has coordinated research projects on the history of media audiences and on the question of public and private in mobile communication.

    Universidade da Beira Interior
    R. Marquês de Ávila e Bolama
    6201-001 Covilhã

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Publicado

2021-08-06

Como Citar

A crónica como género jornalístico e o emergir do subgénero “do quotidiano”. (2021). Comunicação Pública, 15(29). https://doi.org/10.4000/cp.11282