Kaufmann, Jean-Claude (2005). A invenção de si: uma teoria da identidade. Lisboa: Instituto Piaget.
DOI:
https://doi.org/10.4000/cp.9192Resumo
Estava-se em meados da década de 70, numa época em que se faziam sentir já sobremaneira os efeitos da “rajada identitária” que perpassava as Ciências Sociais e as Humanidades, quando, nas conclusões de um seminário interdisciplinar dirigido por Claude Lévi-Strauss, se escreveu a propósito da identidade que ela seria “une sorte de foyer virtuel auquel il nous est indispensable de nous référer pour expliquer un certain nombre de choses, mais sans qu’il ait jamais d’existence réelle”1. Mais do que o cepticismo e as reticências que alguns dos participantes denotavam face ao valor de um conceito tão novo e tão popular, o que é extraordinário nesta frase é sua capacidade de antecipação e de em poucas palavras exprimir as qualidades paradoxais que haveriam de marcar no futuro o debate sobre as identidades modernas.
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