Espaço, fotografia e ‘factografia’ na propaganda do SPN

Autores

  • Paula Ribeiro Lobo Instituto de História da Arte, IHA, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, FCSH, Universidade Nova de Lisboa
  • Margarida Brito Alves Instituto de História da Arte, IHA, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, FCSH, Universidade Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.4000/cp.1877

Palavras-chave:

espaço, fotografia, propaganda, Estado Novo, SPN

Resumo

Logo nos primeiros anos do Estado Novo (1933-1974), a fotografia assumiu um papel determinante enquanto veículo de propaganda. Com efeito, adaptando modelos internacionais em voga e trabalhando plasticamente sobre as imagens com o objetivo de as transformar em mensagens ideológicas, testou-se uma lógica discursiva que daria frutos em diversas publicações e exposições. No entanto, o rasgo dessa abordagem, inédita para o Portugal de então, cedo se desvaneceu. Se na Exposição do Mundo Português, de 1940, pouco dela restava, no pós-guerra foi já outro o tom que a propaganda do regime assumiu na imagem fotográfica – e também nisso se adaptou, afinal, ao espírito da época.

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Publicado

2021-10-11

Edição

Secção

Fotografia e Propaganda no Estado Novo Português

Como Citar

Espaço, fotografia e ‘factografia’ na propaganda do SPN. (2021). Comunicação Pública, 12(23). https://doi.org/10.4000/cp.1877