Conectividade estrutural do cérebro: diferenças entre um cérebro normal e um cérebro com patologia

Autores

  • Carmen Ferra Mestrado em Radiações Aplicadas às Tecnologias da Saúde – Área de especialização: Ressonância Magnética. Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Serviço de Imagiologia, Quadrantes – Clínica Médica e de Diagnóstico. Lisboa, Portugal.
  • Hugo Alexandre Ferreira Mestrado em Radiações Aplicadas às Tecnologias da Saúde – Área de especialização: Ressonância Magnética. Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Pedro M. Gonçalves Pereira Mestrado em Radiações Aplicadas às Tecnologias da Saúde – Área de especialização: Ressonância Magnética. Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Serviço de Radiologia, Hospital dos Lusíadas. Lisboa, Portugal.
  • Rui Manaças Serviço de Radiologia, Hospital dos Lusíadas. Lisboa, Portugal. Serviço de Neurorradiologia, Hospital Santo António dos Capuchos, Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa, Portugal.
  • Alexandre Andrade Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.1054

Palavras-chave:

Rede estrutural, Conectividade estrutural, Imagem por tensor de difusão, Matriz de conectividade, Epilepsia pós-traumática

Resumo

Perceber a rede estrutural formada pelos neurónios no cérebro a nível da macro escala é um desafio atual na área das neurociências. Neste estudo analisou-se a conetividade estrutural do cérebro em 22 indivíduos saudáveis e em dois doentes com epilepsia pós-traumática. Avaliaram-se as diferenças entre estes dois grupos. Também se pesquisaram diferenças a nível do género e idade no grupo de indivíduos saudáveis e os que têm valores médios mais elevados nas métricas de caracterização da rede. Para tal, desenvolveu-se um protocolo de análise recorrendo a diversos softwares especializados e usaram-se métricas da Teoria dos Grafos para a caracterização da conetividade estrutural entre 118 regiões encefálicas distintas. Dentro do grupo dos indivíduos saudáveis concluiu-se que os homens, no geral, são os que têm média mais alta para as métricas de caracterização da rede estrutural. Contudo, não se observaram diferenças significativas em relação ao género nas métricas de caracterização global do cérebro. Relativamente à idade, esta correlaciona-se negativamente, no geral, com as métricas de caracterização da rede estrutural. As regiões onde se observaram as diferenças mais importantes entre indivíduos saudáveis e doentes são: o sulco rolândico, o hipocampo, o pré-cuneus, o tálamo e o cerebelo bilateralmente. Estas diferenças são consistentes com as imagens radiológicas dos doentes e com a literatura estudada sobre a epilepsia pós-traumática. Preveem-se desenvolvimentos para o estudo da conetividade estrutural do cérebro humano, uma vez que a sua potencialidade pode ser combinada com outros métodos de modo a caracterizar as alterações dos circuitos cerebrais.

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Publicado

30-06-2014

Como Citar

Conectividade estrutural do cérebro: diferenças entre um cérebro normal e um cérebro com patologia. (2014). Saúde & Tecnologia, T2, e29-e38. https://doi.org/10.25758/set.1054