O impacto do COVID-19 num serviço público de oftalmologia – Relatório 1

Autores

  • Pedro Camacho H&TRC – Health & Technology Research Center, ESTeSL – Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Departamento das Ciências da Terapia e Reabilitação, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • L. Salgueiro Coordenador dos Ortoptistas. Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto. Lisboa, Portugal.
  • Sandra Barrão Diretora Clínica. Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto. Lisboa, Portugal.
  • Ricardo Brito Administrador Hospitalar. Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.2266

Palavras-chave:

COVID-19, Serviço de oftalmologia, Saúde visual

Resumo

A pandemia do COVID-19 obrigou a uma resposta concertada dos serviços de saúde, levando a uma redução de atividade assistencial. É uma estratégia de resposta a este problema de saúde centrada na prestação clínica e, simultaneamente, na proteção da comunidade e profissionais de saúde. No entanto, o impacto direto e indireto na saúde ocular ainda não é claro. Objetivo: Caracterizar o impacto do COVID-19 nos meios complementares de diagnóstico e tratamento (MCDT) do serviço de oftalmologia de um hospital monovalente. Métodos: Estudo transversal para a quantificação da produção de MCDT antes e pós a reorganização dos serviços pelo COVID-19. Através da consulta dos registos informáticos do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP) foi feito o registo dos diferentes MCDT realizados em apoio à prática assistencial em período homólogo de 30 dias (11 de março a 11 de abril) de 2019 comparativamente a 2020. Resultados: Durante o período estudado observou-se uma diminuição acentuada com valores médios a oscilar entre os 93,5% (consultas geral de oftalmologia e oftalmologia pediátrica) e os cerca de 76,8% (consultas de retina-vítreo, diabetes ocular, genética e deficiência visual e reabilitação). Discussão/Conclusão: A queda abrupta da produção clínica devido à pandemia do COVID-19 vai obrigar a uma reorganização dos serviços de saúde de forma a responder às situações clínicas adiadas e, simultaneamente, a responder a sequelas oftalmológicas do COVID-19 que estão por conhecer, como a toxidade retiniana pelo uso de cloroquina e/ou hidroxicloroquina.

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Publicado

24-08-2022

Como Citar

O impacto do COVID-19 num serviço público de oftalmologia – Relatório 1. (2022). Saúde & Tecnologia, T3, e34-e39. https://doi.org/10.25758/set.2266