Avaliação da variabilidade inter e intraoperador em dispositivo de medição da velocidade da onda de pulso

Autores

  • Ana Costa Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Ana Silva Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Filipe Fernandes Departamento das Ciências e Tecnologias das Radiações e Biossinais da Saúde, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Departamento de Física, LIBPhys – UNL, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Gilda Cunha Departamento das Ciências Naturais e Exatas, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Virgínia Fonseca Departamento das Ciências e Tecnologias das Radiações e Biossinais da Saúde, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • João Lobato Departamento das Ciências e Tecnologias das Radiações e Biossinais da Saúde, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Valentina Vassilenko Departamento de Física, LIBPhys – UNL, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • João Goyri-O'Neill Departamento de Física, LIBPhys – UNL, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, Portugal. Departamento de Anatomia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.1671

Palavras-chave:

Variabilidade interoperador, Variabilidade intraoperador, Velocidade da onda de pulso, Rigidez arterial, Validação de dispositivo

Resumo

Introdução – Os dispositivos de medição da velocidade de onda de pulso (VOP) são instrumentos valiosos na determinação do risco cardiovascular de cada indivíduo, sendo a VOP um dos parâmetros a aferir segundo as guidelines de avaliação da HTA. Para os dispositivos serem validados é necessária a verificação da sua reprodutibilidade, através da avaliação da variabilidade inter e intraoperador. O objetivo deste estudo foi classificar estas variabilidades no dispositivo de medição da VOP, Complior® SP. Metodologia – Estudo observacional descritivo e transversal numa amostra de 38 indivíduos com idades entre os 18 e os 30 anos de idade, sem fatores de risco cardiovasculares, realizado na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa. O procedimento para a obtenção de dados foi adaptado do protocolo da sociedade ARTERY em 2010 para validação de dispositivos de medição da VOP. Para avaliar a reprodutibilidade do dispositivo foram comparados os valores médios obtidos por dois operadores. A precisão do dispositivo classifica-se em excelente se a diferença dos valores médios for <0,5m/s com desvio-padrão (DP) ≤0,8m/s, aceitável se for <1,0m/s e DP ≤1,5m/s e fraca se for ≥1,0 m/s ou DP >1,5m/s. Resultados – Amostra constituída por 25 indivíduos do sexo feminino e 13 do sexo masculino com média de idades de 22,6±2,79 anos. Para o operador A (p=0,863), os valores médios da VOP foram de 6,018±0,88m/s e para o operador B (p=0,587) de 6,155±1,03m/s. A diferença de valores médios e do DP da VOP dos operadores A e B foi de 0,137±0,15m/s (p=0,245). Considerações finais – O dispositivo de medição Complior® SP possui uma excelente reprodutibilidade e reduzida variabilidade, tanto inter como intraoperador, considerando-se um dispositivo validado para avaliação do risco cardiovascular.

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Publicado

04-08-2022

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

Avaliação da variabilidade inter e intraoperador em dispositivo de medição da velocidade da onda de pulso. (2022). Saúde & Tecnologia, 17, 11-17. https://doi.org/10.25758/set.1671