Perfil comportamental dos estudantes do ensino básico relacionado com a mochila escolar
DOI:
https://doi.org/10.25758/set.2211Palavras-chave:
Conduta postural, Estudantes, Mochila escolar, Perfil comportamentalResumo
Objetivo – Determinar e analisar o perfil comportamental dos estudantes do primeiro ciclo do ensino básico sobre o uso da mochila escolar. Método – Estudo observacional, analítico e transversal. A amostra foi constituída por 88 estudantes do 1º ciclo do ensino básico no concelho de Vila Nova de Famalicão (Portugal). Foi aplicado um questionário para avaliar o comportamento dos estudantes relativamente ao tipo, modo de transporte, organização do material escolar e peso da mochila. Resultados – Todas as mochilas apresentavam duas alças e eram reguláveis. A maioria dos estudantes de todos os anos letivos transportava a mochila de alças nos dois ombros. No geral, os estudantes do 1º ciclo distribuíam o material de forma desorganizada pelos compartimentos da mochila e colocavam o material mais pesado afastado da coluna vertebral, não se verificando diferenças significativas. O índice de proporção mostrou que os estudantes transportavam as mochilas com peso inferior a 10% do peso corporal, exceto os estudantes do 1º ano de escolaridade (p<0,05). O peso transportado nas mochilas era significativamente assimétrico durante os dias da semana e entre os níveis de escolaridade (p<0,05). Conclusões – A maioria dos estudantes do 1º ciclo transportava a mochila com as alças nos dois ombros; porém, desconheciam as características adequadas do tipo de mochila e da distribuição uniforme do material escolar. A variação da carga da mochila durante a semana entre os níveis de escolaridade era significativamente inconsistente, mostrando que o índice de proporção de carga era mais elevado no primeiro ano de escolaridade.
Downloads
Referências
Fernandes SM, Casarotto RA, João SM. Effects of educational sessions on school backpack use among elementary school students. Braz J Phys Ther. 2008;12(6):447-53.
Matos MG, Simões C, Camacho I, Reis M, Equipa Aventura Social. A saúde dos adolescentes portugueses em tempos de recessão: dados nacionais do estudo HBSC de 2014 [Internet]. Lisboa: Centro de Malária e Outras Doenças Tropicais/IHMT/UNL; 2015. Available from: http://aventurasocial.com/arquivo/1437158618_RELATORIO%20HBSC%202014e.pdf
Candotti CT, Noll M, Roth E. Avaliação do peso e do modo de transporte do material escolar em alunos do ensino fundamental [Assessment of weight and mode of transport of school material in highschool students]. Rev Paul Pediatr. 2012;30(1):100-6. Portuguese
Puckree T, Silal SP, Lin J. School bag carriage and pain in school children. Disabil Rehabil. 2004;26(1):54-9.
Silva S. A influência da leitura do livro ‘Os Meninos das Costas Perfeitas’, na adoção de comportamentos saudáveis, relacionados com a mochila escolar [Dissertation]. Porto: Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto; 2013.
Ries LG, Martinello M, Medeiros M, Cardoso M, Santos GM. Os efeitos de diferentes pesos de mochila no alinhamento postural de crianças em idade escolar [The effects of different backpacks weights on postural alignment of children of school age]. Motri. 2012;8(4):87-95. Portuguese
Hong Y, Li JX, Wong AS, Robinson PD. Effects of load carriage on heart rate, blood pressure and energy expenditure in children. Ergonomics 2000;43(6):717-27.
Rodrigues S, Montebelo MI, Teodori RM. Plantar force distribution and pressure center oscillation in relation to the weight and positioning of school supplies and books in student's backpack. Braz J Phys Ther. 2008;12(1):43-8.
Dockrell S, Simms C, Blake C. Schoolbag weight limit: can it be defined? J Sch Health 2013;83(5):368-77.
Habibi A. Weight varying effects of carrying schoolbags on electromyographic changes of trunk muscles in twelve-year old male students. Arch Int J Med. 2009;2(4):314-8.
Noronha T, Vital E. Fisioterapia na saúde escolar: dos modelos às práticas. Arq Fisioter. 2008;1(4):11-28.
Dianat I, Javadivala Z, Asghari-Jafarabadi M, Asl Hashemi A, Haslegrave CM. The use of schoolbags and musculoskeletal symptoms among primary school children: are the recommended weight limits adequate? Ergonomics. 2013;56(1):79-89.
Laíño FA, Santa María CJ, Bazán NE, Mainero DD. El peso transportado en las mochilas escolares: un estudio en cuatro escuelas de la región metropolitana de Buenos Aires, Argentina [A study concerning how much weight schoolchildren carry in their bags, involving four schools in the metropolitan area of Buenos Aires, Argentina]. Rev Salud Publica (Bogota). 2013;15(5):753-63. Spanish
Direção-Geral da Saúde. Programa nacional de saúde escolar. Lisboa: DGS; 2006.
Rocha A, Correia C, Pestana L, Bento M, Preto O, Lobão S. Saúde escolar em construção: que projetos? Millenium. 2011;41(16):89-113.
von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gøtzsche PC, Vandenbroucke JP. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. Ann Intern Med. 2007;147(8):573-7.
Direção-Geral da Saúde. Avaliação antropométrica no adulto: orientação nº 017/2013, de 05/12/2013. Lisboa: DGS; 2013.
Direção-Geral da Saúde. Programa nacional de saúde infantil e juvenil: norma nº 010/2013, de 31/05/2013. Lisboa: DGS; 2013.
Mackie HW, Stevenson JM, Reid SA, Legg SJ. The effect of simulated school load carriage configurations on shoulder strap tension forces and shoulder interface pressure. Appl Ergon. 2005;36(2):199-206.
Moreira D, Festas C, Lourenço M. Associação entre a dor músculo-esquelética e o uso de mochilas em crianças de idade escolar. Rev Fac Ciênc Saúde. 2010;7:368-79.
Adeyemi AJ, Rohani JM, Abdul Rani MR. Backpack-back pain complexity and the need for multifactorial safe weight recommendation. Appl Ergon. 2017;58:573-82.
Lasota A. School bag weight carriage by primary school pupils. Work. 2014;48(1):21-6.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Saúde & Tecnologia
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
A revista Saúde & Tecnologia oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A revista Saúde & Tecnologia não cobra, aos autores, taxas referentes à submissão nem ao processamento de artigos (APC).
Todos os conteúdos estão licenciados de acordo com uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Os autores têm direito a: reproduzir o seu trabalho em suporte físico ou digital para uso pessoal, profissional ou para ensino, mas não para uso comercial (incluindo venda do direito a aceder ao artigo); depositar no seu sítio da internet, da sua instituição ou num repositório uma cópia exata em formato eletrónico do artigo publicado pela Saúde & Tecnologia, desde que seja feita referência à sua publicação na Saúde & Tecnologia e o seu conteúdo (incluindo símbolos que identifiquem a revista) não seja alterado; publicar em livro de que sejam autores ou editores o conteúdo total ou parcial do manuscrito, desde que seja feita referência à sua publicação na Saúde & Tecnologia.
