Prevalência da incontinência urinária e impacto na qualidade de vida nas mulheres do concelho de Seia, Portugal
DOI:
https://doi.org/10.25758/set.803Keywords:
Incontinência urinária, Prevalência, Qualidade de vida, Impacto, FisioterapiaAbstract
Introdução – A incontinência urinária (IU) ou perda involuntária de urina é uma condição de saúde frequente e preocupante, que pode ser subdividida em três tipos comuns: IU de esforço, de urgência ou mista. Objetivos – Identificar a prevalência de IU em mulheres no concelho de Seia e avaliar o impacto da IU na qualidade de vida (QdV) dessas mulheres. Métodos – Estudo do tipo observacional descritivo e de características analíticas, com uma amostra de conveniência de entre a população feminina do concelho de Seia (n=416), com uma subamostra das mulheres incontinentes (n=117). Foram utilizados um questionário de caracterização da amostra e o instrumento de medida Contilife®. A análise inferencial foi realizada pelo teste Qui-Quadrado, teste t de Student e medida de Likelihood Ratio (LR). A consistência interna foi avaliada pelo Alfa de Cronbach. Resultados – A prevalência de IU para a população de Seia foi de 28,1%, com uma associação significativa entre a paridade e a presença de IU tendo o valor de LR grande. A IU tem impacto na QdV das mulheres (59%), medida pelo Contilife® (média 7,59 na QdV global), sendo que a IU mista foi o tipo que causou mais impacto (73,3%). Conclusão – A IU feminina tem impacto na QdV com valores estatisticamente significativos em todas as dimensões do Contilife®, embora classificado como impacto baixo. Os fisioterapeutas podem ser profissionais de primeiro contacto, permitindo a quantificação das mulheres com IU e atuando na prevenção e tratamento desta condição, levando a que a fisioterapia seja um fio condutor para a melhoria da qualidade de vida.
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