Detecção e quantificação de soja geneticamente modificada em géneros alimentícios, comercializados em Portugal, para consumo humano

Autores

  • Rita Faustino Área Científica de Dietética, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Ana Sousa Área Científica de Dietética, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Marta Loureiro Área Científica de Dietética, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Lino Mendes Área Científica de Dietética, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Miguel Brito Área Científica de Biologia, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.214

Palavras-chave:

Deteção, Quantificação, Soja geneticamente modificada, GMO, PCR em tempo real

Resumo

A biotecnologia permite modificar geneticamente plantas e animais, dando origem a organismos geneticamente modificados  (OGM). Os benefícios e potenciais riscos relacionados com os transgénicos são controversos, pelo que o consumidor tem direito a decidir sobre o seu consumo. A soja é a maior representante do mercado global de transgénicos, tornando-se importante a sua monitorização. O objectivo do presente trabalho é detectar e quantificar soja geneticamente modificada em géneros alimentícios. Para tal, 11 amostras de dois lotes diferentes, de uma mesma marca, de géneros alimentícios contendo soja, para consumo humano, foram analisadas pelo método de PCR em tempo real para detecção e quantificação de DNA transgénico. Do total das amostras analisadas, 7 resultaram negativas (63,6%) e 4 positivas (36,4%) para a detecção de DNA de soja transgénica, correspondentes a 3 alimentos: leite, farinha e granulado de soja. As quantidades encontradas variaram entre 0,07% (granulado de soja) e 0,22% (farinha de soja), sugestivas de contaminação ambiental por serem inferiores a 0,4%. Este trabalho evidencia a necessidade do controlo dos alimentos, mostrando ainda a possibilidade de aplicação da PCR em tempo real na detecção e quantificação de OGM mesmo em alimentos processados.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Herdt RW. Biotechnology in agriculture. Annu Rev Environ Resour. 2006;31:265-95.

World Health Organization. Biorisk management: laboratory biosecurity guidance [Internet]. Geneva: WHO; 2006 [cited 2008 Jun 20]. Available from: www.who.int/csr/resources/publications/biosafety/WHO_CDS_EPR_2006_6.pdf

Bertoni G, Marsan PA. Safety risks for animals fed genetic modified (GM) plants. Vet Res Commun. 2005 Aug;29 Suppl 2:13-8.

Davies KM. Genetic modification of plant metabolism for human health benefits. Mutat Res. 2007 Sep;622(1-2):122-37.

Celec P, Kukučková M, Renczésová V, Natarajan S, Pálffy R, Gardlík R, et al. Biological and biomedical aspects of genetically modified food. Biomed Pharmacother. 2005 Dec;59(10):531-40.

Liu B, Zeng Q, Ya F, Xu H, Xu C. Effects of transgenic plants on soil microorganisms. Plant Soil. 2005;271(1-2):1-13.

Uzogara SG. The impact of genetic modification of human foods in the 21st century: a review. Biotechnol Adv. 2000 May;18(3):179-206.

Haslberger AG. Need for an “Integrated Safety Assessment” of GMOs, linking food safety and environmental considerations. J Agric Food Chem. 2006 May;54(9):3173-80.

James C. Global status of commercialized biotech/GM crops: 2006. Ithaca, NY: ISAAA-International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications; 2006. ISBN 1-892456-40-0.

Rott ME, Lawrence TS, Wall EM, Green MJ. Detection and quantification of roundup ready soy in foods by conventional and real-time polymerase chain reaction. J Agric Food Chem. 2004 Aug;52(16):5223-32.

Harrigan GG, Ridley WP, Riordan SG, Nemeth MA, Sorbet R, Trujillo WA, et al. Chemical composition of glyphosate-tolerant soybean 40-3-2 grown in Europe remains equivalent with that of conventional soybean (Glycine max L.). J Agric Food Chem. 2007 Jul;55(15):6160-8.

Dalla Costa L, Martinelli L. Development of a real-time PCR method based on duplo target plasmids for determining an unexpected genetically modified soybean intermix with feed components. J Agric Food Chem. 2007 Feb;55(4):1264-73.

Giovannini T, Concilio L. PCR detection of genetically modified organisms: a review. Stärke. 2002;54(8):321-7.

Hübner P, Waiblinger HU, Pietsch K, Brodmann P. Validation of PCR methods for quantification of genetically modified plants in food. J AOAC Int. 2001 Nov/Dec;84(6):1855-64.

Tengel C, Schüssler P, Setzke E, Balles J, Sprenger-Haussels M. PCR-based detection of genetically modified soybean and maize in raw and highly processed foodstuffs. Biotechniques. 2001 Aug;31(2):426-9.

Di Bernardo G, Del Gaudio S, Galderisi U, Cascino A, Cipollaro M. Comparative evaluation of different DNA extraction procedures from food samples. Biotechnol Prog. 2007 Mar-Apr;23(2):297-301.

Anklam E, Gadani F, Heinze P, Pijnenburg H, Van Den Eede G. Analytical methods for detection and determination of genetically modified organisms in agricultural crops and plant-derived food products. Eur Food Res Technol. 2002 Jan;214(1):3-26.

Ahmed FE. Detection of genetically modified organisms in foods. Trends Biotechnol. 2002 May;20(5):215-23.

Clark EA. Environmental risks of genetic engineering. Euphytica. 2006 Mar;148(1-2):47-60.

Levidow L, Boschert K. Coexistence or contradiction? GM crops versus alternative agricultures in Europe. Geoforum. 2008 Jan;39(1):174-90.

Downloads

Publicado

15-05-2009

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

Detecção e quantificação de soja geneticamente modificada em géneros alimentícios, comercializados em Portugal, para consumo humano. (2009). Saúde & Tecnologia, 03, 19-24. https://doi.org/10.25758/set.214