Diagnóstico da Tinea pedis e onicomicose em pacientes do Instituto Nacional de Saúde em Portugal: estudo de 4 anos
DOI:
https://doi.org/10.25758/set.684Palavras-chave:
Tinea pedis, Onicomicose, Frequência, Agentes etiológicos, VariáveisResumo
Tinea pedis e onicomicose possuem uma grande diversidade nas suas formas clínicas. Os seus agentes etiológicos podem ser fungos dermatófitos, fungos filamentosos não dermatófitos ou leveduras. Este estudo foi desenvolvido com o intuito de caracterizar estatisticamente os resultados provenientes de um estudo desenvolvido durante quatro anos sobre a frequência de Tinea pedis e de onicomicose e dos respetivos agentes etiológicos. Foi distribuído um questionário de 2006 a 2010, tendo o mesmo sido respondido por 186 pacientes, que foram submetidos a colheita de pele e/ou unhas. A frequência dos isolados das espécies fúngicas foi relacionada com os dados provenientes do questionário, procurando associações com fatores que se conhecem como favorecedores das infeções. Foram obtidos 163 isolados de espécies fúngicas, em que 24,2% apresentavam mais do que uma espécie. A maior parte dos estudos, que incidem nesta temática, referem os fungos dermatófitos como os agentes etiológicos mais comuns, seguidos pelas leveduras e pelos fungos filamentosos não dermatófitos. O nosso estudo corroborou os mesmos resultados. Os fungos dermatófitos apresentaram frequência de 15,6% (com um total de 42 isolados), em que o T. rubrum foi a espécie mais frequente (41,4%). Não se verificou associação significativa (p>0,05) entre lesão visível e as variáveis independentes testadas, designadamente: idade, sexo, animal de estimação, educação, frequência de piscinas, atividade física e informação clínica. Ao contrário de outros estudos, as variáveis testadas não apresentaram a influência esperada nas dermatomicoses dos membros inferiores, sendo por isso necessário realizar mais estudos para identificar as variáveis que influenciam ambas as infeções.
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