PET/CT com 18-fluor-fluorodeoxiglucose no seguimento do melanoma maligno cutâneo
DOI:
https://doi.org/10.25758/may.1164Palavras-chave:
Tomografia por emissão de positrões, Tomografia computorizada, 18Fluor-fluorodeoxiglucose, Melanoma maligno cutâneo, SeguimentoResumo
Introdução – O melanoma maligno cutâneo (MMC) é considerado uma das mais letais neoplasias e no seu seguimento recorre-se, para além dos exames clínicos e da análise de marcadores tumorais, a diversos métodos imagiológicos, como é o exame Tomografia por Emissão de Positrões/Tomografia Computorizada (PET/CT, do acrónimo inglês Positron Emission Tomography/Computed Tomography) com 18fluor-fluorodeoxiglucose (18F-FDG). O presente estudo tem como objectivo avaliar a utilidade da PET/CT relativamente à análise da extensão e à suspeita de recidiva do MMC, comparando os achados imagiológicos com os descritos em estudos CT. Metodologia – Estudo retrospectivo de 62 estudos PET/CT realizados em 50 pacientes diagnosticados com MMC. Excluiu-se um estudo cujo resultado era duvidoso (nódulo pulmonar). As informações relativas aos resultados dos estudos anatomopatológicos e dos exames imagiológicos foram obtidas através da história clínica e dos relatórios médicos dos estudos CT e PET/CT. Foi criada uma base de dados com os dados recolhidos através do software Excel e foi efectuada uma análise estatística descritiva. Resultados – Dos estudos PET/CT analisados, 31 foram considerados verdadeiros positivos (VP), 28 verdadeiros negativos (VN), um falso positivo (FP) e um falso negativo (FN). A sensibilidade, especificidade, o valor preditivo positivo (VPP), o valor preditivo negativo (VPN) e a exactidão da PET/CT para o estadiamento e avaliação de suspeita de recidiva no MMC são, respectivamente, 96,9%, 96,6%, 96,9%, 96,6% e 96,7%. Dos resultados da CT considerados na análise estatística, 14 corresponderam a VP, 12 a VN, três a FP e cinco a FN. A sensibilidade, especificidade, o VPP e o VPN e a exactidão da CT para o estadiamento e avaliação de suspeita de recidiva no MMC são, respectivamente, 73,7%, 80,0%, 82,4%, 70,6% e 76,5%. Comparativamente aos resultados CT, a PET/CT permitiu uma mudança na atitude terapêutica em 23% dos estudos. Conclusão – A PET/CT é um exame útil na avaliação do MMC, caracterizando-se por uma maior acuidade diagnóstica no estadiamento e na avaliação de suspeita de recidiva do MMC comparativamente à CT isoladamente.
Downloads
Referências
Meiriño R, Martínez E, Marcos M, Villafranca E, Domínguez MA, Illarramendi JJ, et al. Factores pronósticos en el melanoma maligno cutáneo [Prognostic factors in cutaneous malignant melanoma]. Anales Sis San Navarra. 2001;24 Suppl 1:167-72. Spanish
Krug B, Crott R, Lonneux M, Baurain JF, Pirson AS, Vander Borght T. Role of PET in the initial staging of cutaneous malignant melanoma: systematic review. Radiology. 2008;249(3):836-44.
Belhocine TZ, Scott AM, Even-Sapir E, Urbain JL, Essner R. Role of nuclear medicine in the management of cutaneous malignant melanoma. J Nucl Med. 2006;47(6):957-67.
Pinilla I, Rodríguez-Vigil B, Gómez-León N. Integrated 18FDG PET/CT: utility and applications in clinical oncology. Clin Med Oncol. 2008;2:181-98.
Gritters LS, Francis IR, Zasadny KR, Wahl RL. Initial assessment of positron emission tomography using 2-fluorine-18-fluoro-2-deoxy-D-glucose in the imaging of malignant melanoma. J Nucl Med. 1993;34(9):1420-7.
Nicol I, Chuto G, Gaudy-Marqueste C, Brenot-Rossi I, Grob JJ, Richard MA. Place de la TEP-TDM au FDG dans le mélanome cutané [Role of FDG PET-CT in cutaneous melanoma]. Bull Cancer. 2008;95(11):1089-101. French
Mohr P, Eggermont AM, Hauschild A, Buzaid A. Staging of cutaneous melanoma. Ann Oncol. 2009;20 Suppl 6:vi14-21.
Mervic L. Prognostic factors in patients with localized primary cutaneous melanoma. Acta Dermatovenerol Alp Pannonica Adriat. 2012;21(2):27-31.
Strobel K, Dummer R, Husarik DB, Pérez Lago M, Hany TF, Steinert HC. High-risk melanoma: accuracy of FDG PET/CT with added CT morphologic information for detection of metastases. Radiology. 2007;244(2):566-74.
Fuster D, Chiang S, Johnson G, Schuchter LM, Zhuang H, Alavi A. Is 18F-FDG PET more accurate than standard diagnostic procedures in the detection of suspected recurrent melanoma? J Nucl Med. 2004;45(8):1323-7.
Crippa F, Leutner M, Belli F, Gallino F, Greco M, Pilotti S, et al. Which kinds of lymph node metastases can FDG PET detect? A clinical study in melanoma. J Nucl Med. 2000;41(9):1491-4.
Xing Y, Cromwell KD, Cormier JN. Review of diagnostic imaging modalities for the surveillance of melanoma patients. Dermatol Res Pract. 2012;2012:941921.
Mirk P, Treglia G, Salsano M, Basile P, Giordano A, Bonomo L. Comparison between F-Fluorodeoxyglucose positron emission tomography and sentinel lymph node biopsy for regional lymph nodal staging in patients with melanoma: a review of the literature. Radiol Res Pract. 2011;2011:912504.
Boellaard R, O’Doherty MJ, Weber WA, Mottaghy FM, Lonsdale MN, Stroobants SG, et al. FDG PET and PET/CT: EANM procedure guidelines for tumour PET imaging, version 1.0. Eur J Nucl Med Mol Imaging. 2010;37(1):181-200.
Heathcote A, Wareing A, Meadows A. CT instrumentation and principles of CT protocol optimization. In Hogg P, Testanera G, editors. Principles and practice of PET/CT – Part 1: a technologist’s guide. European Association of Nuclear Medicine; 2010. p. 54-68. ISBN 9783902785008
Wagner JD, Schauwecker D, Davidson D, Logan T, Coleman JJ 3rd, Hutchins G, et al. Inefficacy of F-18 fluorodeoxy-D-glucose-positron emission tomography scans for initial evaluation in early-stage cutaneous melanoma. Cancer. 2005;104(3):570-9.
Yancovitz M, Finelt N, Warycha MA, Christos PJ, Mazumdar M, Shapiro RL, et al. Role of radiologic imaging at the time of initial diagnosis of stage T1b-T3b melanoma. Cancer. 2007;110(5):1107-14.
Pinheiro AMC, Friedman H, Cabral ALSV, Rodrigues, HA. Melanoma cutâneo: características clínicas, epidemiológicas e histopatológicas no Hospital Universitário de Brasília entre janeiro de 1994 e abril de 1999 [Cutaneous melanoma: clinical, epidemiological and histopathological characteristics at the University Hospital of Brasília between January 1994 and April 1999]. An Bras Dermatol. 2003;78(2):179-86. Portuguese
Gon AS, Minelli L, Guembarovski AL. Melanoma cutâneo primário em Londrina [Primary cutaneous melanoma in Londrina]. An Bras Dermatol. 2001;76(4):413-26. Portuguese
Bower J. Utilization of PET/CT in melanoma. In ISRRT World Congress and CAMRT Annual General Conference, Toronto (Canada), June 7-10, 2012.
Reinhardt MJ, Joe AY, Jaeger U, Huber A, Matthies A, Bucerius J, et al. Diagnostic performance of whole body dual modality 18F-FDG PET/CT imaging for N- and M-staging of malignant melanoma: experience with 250 consecutive patients. J Clin Oncol. 2006;24(7):1178-87.
Mottaghy FM, Sunderkötter C, Schubert R, Wohlfart P, Blumstein NM, Neumaier B, et al. Direct comparison of [18F]FDG PET/CT with PET alone and with side-by-side PET and CT in patients with malignant melanoma. Eur J Nucl Med Mol Imaging. 2007;34(9):1355-64.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Saúde & Tecnologia
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
A revista Saúde & Tecnologia oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A revista Saúde & Tecnologia não cobra, aos autores, taxas referentes à submissão nem ao processamento de artigos (APC).
Todos os conteúdos estão licenciados de acordo com uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Os autores têm direito a: reproduzir o seu trabalho em suporte físico ou digital para uso pessoal, profissional ou para ensino, mas não para uso comercial (incluindo venda do direito a aceder ao artigo); depositar no seu sítio da internet, da sua instituição ou num repositório uma cópia exata em formato eletrónico do artigo publicado pela Saúde & Tecnologia, desde que seja feita referência à sua publicação na Saúde & Tecnologia e o seu conteúdo (incluindo símbolos que identifiquem a revista) não seja alterado; publicar em livro de que sejam autores ou editores o conteúdo total ou parcial do manuscrito, desde que seja feita referência à sua publicação na Saúde & Tecnologia.