PET/CT com 18-fluor-fluorodeoxiglucose no seguimento do melanoma maligno cutâneo

Autores

  • Sofia Batanete Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • J. R. Infante Serviço de Medicina Nuclear, Complexo Hospitalar Universitário. Badajoz, Espanha.
  • J. I. Rayo Serviço de Medicina Nuclear, Complexo Hospitalar Universitário. Badajoz, Espanha.
  • Lina Vieira Área Científica de Medicina Nuclear, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Grupo de Investigação em Modelação e Optimização de Sistemas Multifuncionais, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/may.1164

Palavras-chave:

Tomografia por emissão de positrões, Tomografia computorizada, 18Fluor-fluorodeoxiglucose, Melanoma maligno cutâneo, Seguimento

Resumo

Introdução – O melanoma maligno cutâneo (MMC) é considerado uma das mais letais neoplasias e no seu seguimento recorre-se, para além dos exames clínicos e da análise de marcadores tumorais, a diversos métodos imagiológicos, como é o exame Tomografia por Emissão de Positrões/Tomografia Computorizada (PET/CT, do acrónimo inglês Positron Emission Tomography/Computed Tomography) com 18fluor-fluorodeoxiglucose (18F-FDG). O presente estudo tem como objectivo avaliar a utilidade da PET/CT relativamente à análise da extensão e à suspeita de recidiva do MMC, comparando os achados imagiológicos com os descritos em estudos CT. Metodologia – Estudo retrospectivo de 62 estudos PET/CT realizados em 50 pacientes diagnosticados com MMC. Excluiu-se um estudo cujo resultado era duvidoso (nódulo pulmonar). As informações relativas aos resultados dos estudos anatomopatológicos e dos exames imagiológicos foram obtidas através da história clínica e dos relatórios médicos dos estudos CT e PET/CT. Foi criada uma base de dados com os dados recolhidos através do software Excel e foi efectuada uma análise estatística descritiva. Resultados – Dos estudos PET/CT analisados, 31 foram considerados verdadeiros positivos (VP), 28 verdadeiros negativos (VN), um falso positivo (FP) e um falso negativo (FN). A sensibilidade, especificidade, o valor preditivo positivo (VPP), o valor preditivo negativo (VPN) e a exactidão da PET/CT para o estadiamento e avaliação de suspeita de recidiva no MMC são, respectivamente, 96,9%, 96,6%, 96,9%, 96,6% e 96,7%. Dos resultados da CT considerados na análise estatística, 14 corresponderam a VP, 12 a VN, três a FP e cinco a FN. A sensibilidade, especificidade, o VPP e o VPN e a exactidão da CT para o estadiamento e avaliação de suspeita de recidiva no MMC são, respectivamente, 73,7%, 80,0%, 82,4%, 70,6% e 76,5%. Comparativamente aos resultados CT, a PET/CT permitiu uma mudança na atitude terapêutica em 23% dos estudos. Conclusão – A PET/CT é um exame útil na avaliação do MMC, caracterizando-se por uma maior acuidade diagnóstica no estadiamento e na avaliação de suspeita de recidiva do MMC comparativamente à CT isoladamente.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Meiriño R, Martínez E, Marcos M, Villafranca E, Domínguez MA, Illarramendi JJ, et al. Factores pronósticos en el melanoma maligno cutáneo [Prognostic factors in cutaneous malignant melanoma]. Anales Sis San Navarra. 2001;24 Suppl 1:167-72. Spanish

Krug B, Crott R, Lonneux M, Baurain JF, Pirson AS, Vander Borght T. Role of PET in the initial staging of cutaneous malignant melanoma: systematic review. Radiology. 2008;249(3):836-44.

Belhocine TZ, Scott AM, Even-Sapir E, Urbain JL, Essner R. Role of nuclear medicine in the management of cutaneous malignant melanoma. J Nucl Med. 2006;47(6):957-67.

Pinilla I, Rodríguez-Vigil B, Gómez-León N. Integrated 18FDG PET/CT: utility and applications in clinical oncology. Clin Med Oncol. 2008;2:181-98.

Gritters LS, Francis IR, Zasadny KR, Wahl RL. Initial assessment of positron emission tomography using 2-fluorine-18-fluoro-2-deoxy-D-glucose in the imaging of malignant melanoma. J Nucl Med. 1993;34(9):1420-7.

Nicol I, Chuto G, Gaudy-Marqueste C, Brenot-Rossi I, Grob JJ, Richard MA. Place de la TEP-TDM au FDG dans le mélanome cutané [Role of FDG PET-CT in cutaneous melanoma]. Bull Cancer. 2008;95(11):1089-101. French

Mohr P, Eggermont AM, Hauschild A, Buzaid A. Staging of cutaneous melanoma. Ann Oncol. 2009;20 Suppl 6:vi14-21.

Mervic L. Prognostic factors in patients with localized primary cutaneous melanoma. Acta Dermatovenerol Alp Pannonica Adriat. 2012;21(2):27-31.

Strobel K, Dummer R, Husarik DB, Pérez Lago M, Hany TF, Steinert HC. High-risk melanoma: accuracy of FDG PET/CT with added CT morphologic information for detection of metastases. Radiology. 2007;244(2):566-74.

Fuster D, Chiang S, Johnson G, Schuchter LM, Zhuang H, Alavi A. Is 18F-FDG PET more accurate than standard diagnostic procedures in the detection of suspected recurrent melanoma? J Nucl Med. 2004;45(8):1323-7.

Crippa F, Leutner M, Belli F, Gallino F, Greco M, Pilotti S, et al. Which kinds of lymph node metastases can FDG PET detect? A clinical study in melanoma. J Nucl Med. 2000;41(9):1491-4.

Xing Y, Cromwell KD, Cormier JN. Review of diagnostic imaging modalities for the surveillance of melanoma patients. Dermatol Res Pract. 2012;2012:941921.

Mirk P, Treglia G, Salsano M, Basile P, Giordano A, Bonomo L. Comparison between F-Fluorodeoxyglucose positron emission tomography and sentinel lymph node biopsy for regional lymph nodal staging in patients with melanoma: a review of the literature. Radiol Res Pract. 2011;2011:912504.

Boellaard R, O’Doherty MJ, Weber WA, Mottaghy FM, Lonsdale MN, Stroobants SG, et al. FDG PET and PET/CT: EANM procedure guidelines for tumour PET imaging, version 1.0. Eur J Nucl Med Mol Imaging. 2010;37(1):181-200.

Heathcote A, Wareing A, Meadows A. CT instrumentation and principles of CT protocol optimization. In Hogg P, Testanera G, editors. Principles and practice of PET/CT – Part 1: a technologist’s guide. European Association of Nuclear Medicine; 2010. p. 54-68. ISBN 9783902785008

Wagner JD, Schauwecker D, Davidson D, Logan T, Coleman JJ 3rd, Hutchins G, et al. Inefficacy of F-18 fluorodeoxy-D-glucose-positron emission tomography scans for initial evaluation in early-stage cutaneous melanoma. Cancer. 2005;104(3):570-9.

Yancovitz M, Finelt N, Warycha MA, Christos PJ, Mazumdar M, Shapiro RL, et al. Role of radiologic imaging at the time of initial diagnosis of stage T1b-T3b melanoma. Cancer. 2007;110(5):1107-14.

Pinheiro AMC, Friedman H, Cabral ALSV, Rodrigues, HA. Melanoma cutâneo: características clínicas, epidemiológicas e histopatológicas no Hospital Universitário de Brasília entre janeiro de 1994 e abril de 1999 [Cutaneous melanoma: clinical, epidemiological and histopathological characteristics at the University Hospital of Brasília between January 1994 and April 1999]. An Bras Dermatol. 2003;78(2):179-86. Portuguese

Gon AS, Minelli L, Guembarovski AL. Melanoma cutâneo primário em Londrina [Primary cutaneous melanoma in Londrina]. An Bras Dermatol. 2001;76(4):413-26. Portuguese

Bower J. Utilization of PET/CT in melanoma. In ISRRT World Congress and CAMRT Annual General Conference, Toronto (Canada), June 7-10, 2012.

Reinhardt MJ, Joe AY, Jaeger U, Huber A, Matthies A, Bucerius J, et al. Diagnostic performance of whole body dual modality 18F-FDG PET/CT imaging for N- and M-staging of malignant melanoma: experience with 250 consecutive patients. J Clin Oncol. 2006;24(7):1178-87.

Mottaghy FM, Sunderkötter C, Schubert R, Wohlfart P, Blumstein NM, Neumaier B, et al. Direct comparison of [18F]FDG PET/CT with PET alone and with side-by-side PET and CT in patients with malignant melanoma. Eur J Nucl Med Mol Imaging. 2007;34(9):1355-64.

Downloads

Publicado

06-09-2022

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

PET/CT com 18-fluor-fluorodeoxiglucose no seguimento do melanoma maligno cutâneo. (2022). Saúde & Tecnologia, 13, 13-20. https://doi.org/10.25758/may.1164