Exposição dos técnicos de medicina nuclear durante testes de ventilação pulmonar

Autores

  • M. Alves Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Ana Cristina Duarte Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • A. Mylkivska Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • E. Pereira Departamento de Medicina Nuclear, Hospital Particular de Almada. Almada, Portugal.
  • V. Jerónimo Departamento de Medicina Nuclear, Hospital Beatriz Ângelo. Loures, Portugal.
  • Elisabete Carolino Unidade de Ensino e Investigação em Matemática e Física, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Centro de Investigação em Saúde e Tecnologia (H&TRC), ESTeSL – Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Lina Vieira Centro de Investigação em Saúde e Tecnologia (H&TRC), ESTeSL – Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Unidade de Ensino e Investigação em Fisiologia, Imagem Médica e Terapia, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal. Grupo de Investigação em Modelação e Optimização de Sistemas Multifuncionais (GI-MOSM, ADEM, ISEL), ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.2141

Palavras-chave:

Cintigrafia de ventilação pulmonar, Exposição à radiação, Proteção e segurança radiológica, Taxa de dose, 99mTc-Technegas

Resumo

Introdução – O teste da ventilação requer a inalação de um radiofármaco pelo paciente, o que pode conduzir a contaminações dos técnicos de medicina nuclear (TMN) pelo gás radioativo. Objetivo – Avaliar a exposição à radiação ionizante do TMN durante testes de ventilação pulmonar com 99mTc-Technegas® através da monitorização de contaminações externas das mãos e rosto. Métodos – Monitorização de quatro TMN de dois serviços diferentes durante a realização de estudos de ventilação pulmonar, utilizando para o efeito o monitor de radiação Geiger-Müller. Foram medidos os valores de radiação de fundo da sala onde é realizado o teste de ventilação pulmonar antes e após o procedimento, com e sem a presença do paciente; foi medida a taxa de dose nas mãos (com e sem as luvas utilizadas no procedimento) e no rosto (com e sem a máscara utilizada no procedimento). Os dados foram analisados no software estatístico SPSS, v. 22.0 para Windows. Resultados – Verificou-se que em ambos os serviços de medicina nuclear estudados os valores de taxa de dose mais elevados foram medidos após o teste de ventilação, com o paciente dentro da sala. O serviço Y apresentou valores de taxa de dose superiores ao nível de significância de 5% nas mãos com as respetivas luvas, nas luvas usadas durante o procedimento, no rosto com a respetiva máscara e na máscara. Conclusão – A contaminação na sala é tanto maior quanto maior o número de estudos de ventilação realizados. As luvas constituem uma barreira externa contra a contaminação direta nas mãos. As máscaras reduzem o risco de contaminação do rosto do TMN.

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Publicado

01-08-2022

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

Exposição dos técnicos de medicina nuclear durante testes de ventilação pulmonar. (2022). Saúde & Tecnologia, 20, 29-36. https://doi.org/10.25758/set.2141