“Se as minhas costas falassem…” – avaliação da efectividade dois anos depois

Autores

  • Teresinha Marques Noronha Agrupamento dos Centros de Saúde Oeste Norte. Caldas da Rainha, Portugal.
  • Emanuel Nunes Vital Agrupamento dos Centros de Saúde Oeste Norte. Bombarral, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.314

Palavras-chave:

Raquialgias, Mochila, Adolescentes, Promoção da saúde

Resumo

Enquadramento – A prevenção das raquialgias nas crianças e adolescentes é uma área em desenvolvimento onde a evidência é ainda limitada. A viabilidade e o desenvolvimento de programas de promoção da saúde devem ser suportados na evidência da sua eficácia. Objectivo – Avaliar o efeito do programa “Se as minhas costas falassem…” dois anos após a sua implementação. Materiais e Métodos – Estudo longitudinal com análise comparativa das avaliações e registos efectuados. Amostra: toda a população estudantil do 7º ano de escolaridade do Concelho de Caldas da Rainha (N=584), que corresponderia aos alunos que estavam no 5º de escolaridade no ano lectivo 2006/07. Resultados – Não foram registadas perdas significativas na dimensão dos conhecimentos. Cerca de 40% dos alunos queixam-se de dores nas costas e, desses, 63,9% atribuíram como principal causa “O peso da mochila”. Registou-se uma redução dos alunos que transportavam mochilas pesadas e verificou-se um aumento da percentagem de alunos que transportavam mochilas mais ajustadas ao tronco. Discussão e Conclusões – Os resultados obtidos confirmam outros estudos que avaliaram a eficácia do programa “Se as minhas costas falassem…” A manutenção das mudanças comportamentais dois anos após a realização do programa confirma a capacidade dos alunos para adoptarem comportamentos protectores de saúde e consolidam a efectividade daquele programa de promoção da saúde. Recomenda-se que os estabelecimentos de ensino ofereçam as condições mínimas para os alunos poderem aplicar de forma efectiva as competências adquiridas nestes programas de promoção da saúde que exigem mudanças comportamentais. A evidência da sua efectividade, apresentada em estudos sucessivos, deve suportar os decisores políticos para incluírem nas suas medidas e programas de saúde a saúde das costas.

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Publicado

15-05-2011

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

“Se as minhas costas falassem…” – avaliação da efectividade dois anos depois. (2011). Saúde & Tecnologia, 05, 12-16. https://doi.org/10.25758/set.314