O natural e o farmacológico: padrões de consumo terapêutico na população portuguesa

Autores

  • Noémia Lopes Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL). Lisboa, Portugal. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. Monte da Caparica, Portugal.
  • Telmo Clamote Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL). Lisboa, Portugal.
  • Hélder Raposo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL). Lisboa, Portugal. Área Científica de Sociologia, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Elsa Pegado Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL). Lisboa, Portugal.
  • Carla Rodrigues Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL). Lisboa, Portugal. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. Monte da Caparica, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.504

Palavras-chave:

Merdicamentos, Pluralismo terapêutico, Farmacologização, Perceções de uso, Fontes de informação

Resumo

Neste artigo identificam-se os padrões de consumo terapêutico na população portuguesa, visando dar conta de um novo padrão emergente nas sociedades modernas, aqui designado de Pluralismo Terapêutico, noção com a qual se categoriza o uso conjugado ou alternado de recursos farmacológicos e naturais nas trajetórias terapêuticas dos indivíduos. O respetivo suporte empírico decorre de uma investigação, já concluída, que teve por base uma amostra nacional representativa. Os resultados mostram uma dualização dos consumos terapêuticos que é constituída por um padrão dominante de Farmacologismo i.e., uso exclusivo de fármacos – coexistente com uma tendência crescente de pluralismo terapêutico. O efeito das fontes de informação terapêutica e dos seus usos leigos, bem como das perceções sociais de risco sobre o natural e o farmacológico, constitui neste estudo uma referência analítica central para a interpretação dos padrões encontrados.

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Publicado

15-11-2012

Edição

Secção

Artigos de Revisão

Como Citar

O natural e o farmacológico: padrões de consumo terapêutico na população portuguesa. (2012). Saúde & Tecnologia, 08, 05-17. https://doi.org/10.25758/set.504