A influência do modelo pedagógico em variáveis psicológicas de estudantes do 1º ano da ESTSP-IPP
DOI:
https://doi.org/10.25758/set.894Palavras-chave:
Problem based learning, Stress, Coping, Estudantes do ensino superiorResumo
Introdução – A adaptação ao ensino superior reveste-se de experiências académicas que podem constituir fonte de stress para os estudantes. A implementação de novos modelos pedagógicos, no âmbito do processo de Bolonha, introduz novas variáveis cujo impacto, designadamente em termos de saúde, importa conhecer. Este estudo tem como objetivo analisar as associações entre modelo pedagógico (Problem Based Learning – PBL vs. modelos próximos do tradicional) e variáveis psicológicas (coping, desregulação emocional, sintomas psicossomáticos, perceção de stress e afeto). Metodologia – O estudo tem um design transversal. Foram usados os seguintes questionários online: Brief-COPE, Escala de Dificuldades de Regulação Emocional, Questionário de Manifestações Físicas de Mal-Estar, Escala de Stress Percebido e Escala de Afeto Positivo e Negativo. A amostra é constituída por 183 estudantes do primeiro ano (84% do género feminino) de cursos da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto – Instituto Politécnico do Porto (ESTSP-IPP). Resultados – Foram encontradas correlações significativas entre as variáveis demográficas e psicológicas. Considerando diferentes modelos pedagógicos, foram encontradas diferenças significativas nas variáveis psicológicas. Os principais preditores de stress na amostra foram: ser mulher, frequentar uma licenciatura no modelo PBL, ter maiores índices de desregulação emocional, apresentar mais sintomas psicossomáticos, menos afeto positivo e mais afeto negativo. Conclusão – As diferenças encontradas entre modelos pedagógicos são discutidas, possibilitando a reflexão sobre as implicações práticas e sugestões para futuras investigações.
Downloads
Referências
Dores AR, Barreto JF, Bastos A. Promoção da reflexividade através do uso de diários: a perspectiva dos estudantes. In Santos NR, Lima ML, Melo MM, Candeias AA, Grácio ML, Calado AA, editores. Actas do VI Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia. Évora: Universidade de Évora; 2006. ISBN 9789729813696
Lopes NM. Tecnologias da saúde e novas dinâmicas de profissionalização. In Carapinheiro G, editor. Sociologia da saúde: estudos e perspectivas. Coimbra: Pé de Página; 2006. ISBN 9789896140526
Costa J, Bechelaine SC, Assis JR. Análise da visão de alunos e professores sobre a aprendizagem baseada em problemas: uma revisão de literatura. R Mineira Educ Fís. 2010;(5):294-303. Portuguese
Alimoglu MK, Gurpinar E, Mamakli S, Aktekin M. Ways of coping as predictors of satisfaction with curriculum and academic success in medical school. Adv Physiol Educ. 2011;35(1):33-8.
Costa ES, Leal IP. Estratégias de coping em estudantes do ensino superior. Anál Psicol. 2004;24(2):189-99. Portuguese
Lucas RE, Diener E, Larsen RJ. Measuring positive emotions. In Lopez SJ, Snyder CR, editors. Positive psychological assessment: a handbook of models and measures. Washington, DC: American Psychological Association; 2003. ISBN 9781557989888
Carver CS. You want to measure coping but your protocol's too long: consider the brief COPE. Int J Behav Med. 1997;4(1):92-100.
Pais-Ribeiro JL, Rodrigues AP. Questões acerca do coping: a propósito do estudo de adaptação do Brief COPE [Some questions about coping: the study of the portuguese adaptation of the Brief CODE]. Psicol Saúde Doenças. 2004;5(1):3-15. Portuguese
Gratz KL, Roemer L. Multidimensional assessment of emotion regulation and dysregulation: development, factor structure, and initial validation of the difficulties in emotion regulation scale. J Psychopathol Behav Assess. 2004;26(1):41-54.
Coutinho J, Ribeiro R, Ferreirinha R, Dias P. The Portuguese version of the Difficulties in Emotion Regulation Scale and its relationship with psychopathological symptoms. Rev Psiq Clín. 2010;37(4):145-51.
Pais-Ribeiro JL. Estudo de adaptação do Questionário de Manifestações Físicas de Mal Estar. Psiq Clín. 2003;24(1):65-76. Portuguese
Cohen S, Kamarck T, Mermelstein R. A global measure of perceived stress. J Health Soc Behav. 1983;24(4):385-96.
Pais-Ribeiro JL, Marques T. A avaliação do stresse: a propósito de um estudo de adaptação da escala de percepção de stresse [Stress assessment: a propos of the adaptation study of the perceived stress scale]. Psicol Saúde Doenças. 2009;10(2):237-48. Portuguese
Galinha IC, Pais-Ribeiro JL. Contribuição para o estudo da versão portuguesa da Positive and Negative Affect Schedule (PANAS): II – Estudo psicométrico. Anál Psicol. 2005;XXIII(2):219-27. Portuguese
Watson D, Clark LA, Tellegen A. Development and validation of brief measures of positive and negative affect: the PANAS scales. J Pers Soc Psychol. 1988;54(6):1063-70.
Fonagy P, Bateman A, Bateman A. The widening scope of mentalizing: a discussion. Psychol Psychother. 2011;84(1):98-110.
Rosenzweig S, Reibel DK, Greeson JM, Brainard GC, Hojat M. Mindfulness-based stress reduction lowers psychological distress in medical students. Teach Learn Med. 2003;15(2):88-92.
Campos BP. Consulta psicológica nas transições desenvolvimentais. Cad Consult Psicol. 1993;(9):5-9. Portuguese
Bastos AM, Silva C, Gonçalves OF. Abordagem multimétodo do desenvolvimento pessoal com estudantes do ensino superior. Psicologia. 2000;14(2):209-23. Portuguese
Basseches M. Dialectical thinking and adult development. Norwood, NJ: Praeger; 1984. ISBN 9780893910174
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Saúde & Tecnologia
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
A revista Saúde & Tecnologia oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A revista Saúde & Tecnologia não cobra, aos autores, taxas referentes à submissão nem ao processamento de artigos (APC).
Todos os conteúdos estão licenciados de acordo com uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Os autores têm direito a: reproduzir o seu trabalho em suporte físico ou digital para uso pessoal, profissional ou para ensino, mas não para uso comercial (incluindo venda do direito a aceder ao artigo); depositar no seu sítio da internet, da sua instituição ou num repositório uma cópia exata em formato eletrónico do artigo publicado pela Saúde & Tecnologia, desde que seja feita referência à sua publicação na Saúde & Tecnologia e o seu conteúdo (incluindo símbolos que identifiquem a revista) não seja alterado; publicar em livro de que sejam autores ou editores o conteúdo total ou parcial do manuscrito, desde que seja feita referência à sua publicação na Saúde & Tecnologia.