Avaliação da área avascular da fóvea: diferenças entre dois protocolos de aquisição
DOI:
https://doi.org/10.25758/set.603Palavras-chave:
Área avascular da fóvea, Angiografia por tomografia de coerência ótica, Plexo vascular superficial, Plexo vascular profundo, Retinopatia diabéticaResumo
O OCT-A é um exame que permite a visualização da vascularização da retina e da coroide, assim como a visualização tridimensional dos plexos vasculares em diferentes profundidades, fornecendo informação funcional sobre o fluxo sanguíneo nos vasos, zonas de não perfusão ou neovascularização. A zona avascular da fóvea (FAZ) corresponde a uma zona desprovida de capilares na região foveolar e pode ser detetada e medida com recurso ao OCT-A. Ao realizar o exame é possível optar por dois métodos com diferente resolução e tempo de aquisição, pelo que é importante avaliar se as medições efetuadas são comparáveis entre os dois métodos. O objetivo do estudo foi verificar se existem diferenças na medição da área avascular da fóvea entre dois protocolos diferentes de aquisição de OCT-A. O estudo realizado foi um estudo caso-controlo transversal. A amostra foi composta por 26 participantes com diabetes mellitus. O instrumento utilizado foi o SD-OCT HRA+OCT SPECTRALIS Heidelberg Engineering. A avaliação dos participantes foi constituída pela recolha de mapas de OCT-A de 10º x 10º (HR) e 20º x 20º (HS). Os mapas foram medidos manualmente por dois observadores, sendo que cada um fez duas medições da zona avascular da fóvea de cada mapa (HS e HR) em cada plexo (superficial e profundo). Com recurso ao programa SPSS efetuou-se a análise estatística das amostras. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre as diferentes medições, podendo-se assim afirmar que a avaliação com os dois protocolos é repetível e reprodutível, existindo uma boa concordância entre os métodos. No entanto, a utilização de ambos os plexos retinianos em conjunto para avaliação da área avascular da fóvea poderá ser mais adequada.
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