Papel atual da radiologia geral na avaliação de fetos e recém-nascidos post-mortem
DOI:
https://doi.org/10.25758/set.2071Palavras-chave:
Autópsia, Post-mortem, Fetos e recém-nascidos, Radiografia forense, Mortalidade infantil, Osteometria radiográficaResumo
O grande leque de aplicações e potencialidades da imagem médica forense tem sofrido uma enorme expansão e desenvolvimento nos últimos anos. Este estudo pretende demonstrar o papel da osteometria radiográfica na orientação da autópsia de fetos ou recém-nascidos post-mortem. Em termos metodológicos, este estudo teve por base uma pesquisa bibliográfica extensa, seguindo-se de um estudo observacional e retrospetivo. De seguida procedeu-se à recolha de dados biométricos e antropométricos, obtidos a partir dos relatórios das autópsias e das radiografias apensas realizadas em 152 fetos e recém-nascidos com idades inferiores a um ano, no período do ano de 2014 a 2015, observando-se que os valores variam principalmente em função da idade gestacional. Como principal resultado constatou-se que existem evidências estatísticas na osteometria radiográfica dos ossos longos (r=0,529, p<0,01), cujas medidas se relacionam diretamente com a idade gestacional. Conclui-se, assim, que a avaliação radiográfica nas autópsias de fetos e recém-nascidos é importante na determinação do subdesenvolvimento fetal ou pós-natal.
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