Relevância das pressões plantares como medida de prevenção de ulceração em pessoas com pé diabético em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.25758/set.2101Palavras-chave:
Pé diabético, Úlcera de pressão, Prevenção plantar, Prevenção, Plataforma baropodométricaResumo
Objetivos – Compreender a relação entre as pressões plantares e a ocorrência de úlceras em indivíduos com pé diabético neuropático, utilizando este fator como um possível método de avaliação e identificação de risco. Averiguar a associação entre os dados epidemiológicos e a ocorrência de úlcera. Identificar o valor indicativo de úlcera. Métodos – Realizou-se um estudo epidemiológico quantitativo transversal e correlacional através da recolha de informação sociodemográfica e clínica dos participantes e realização de testes de sensibilidade para identificação de neuropatia. A amostra (N=60) foi dividida em dois grupos: pessoas com diabetes e neuropatia e sem neuropatia. Foram realizadas avaliações podológicas com recurso a uma plataforma baropodométrica e, posteriormente, análises estatísticas com os resultados obtidos. Resultados – Existe associação entre a idade, o género e o índice de massa corporal (IMC) elevado com a ocorrência de neuropatia. Mais de metade da população com diabetes em estudo tem neuropatia periférica associada. A presença de deformidades nos pés dos indivíduos da amostra revelou ter influência na ocorrência de úlcera, assim como os valores de pressão plantar pico (PPP) e integral pressão-tempo (IPT). Pode-se admitir que o valor de PPP de 88,06 kPa é um valor de referência para o desenvolvimento de úlcera. Conclusão – Existe uma relação entre as pressões plantares (PP) e a ocorrência de úlceras. A análise podológica numa plataforma baropodométrica permite perceber se o individuo está ou não em risco de desenvolver uma úlcera. Este estudo apresenta um possível valor de PPP que serve como indicador de desenvolvimento de úlcera no pé diabético.
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