Qualidade do sono e estado nutricional em culturistas (pré e pós-competição)

Autores

  • Modesta Bártolo Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco, Portugal.
  • Lucinda Carvalho Researcher. Interdisciplinary Research Unit on Building Functional Ageing Communities (Age.Comm), Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco, Portugal.
  • Francisco Rodrigues Qualidade de Vida no Mundo Rural (UID QRural), Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco, Portugal. Sport, Health & Exercise Unit (SHERU), Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco, Portugal.
  • Patrícia Coelho Sport, Health & Exercise Unit (SHERU), Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco, Portugal. Qualidade de Vida no Mundo Rural (QRural), Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco, Portugal.
  • Joana Pires Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.518

Palavras-chave:

Culturismo, Sono, Nutrição, Atletas, Treinos, Competição

Resumo

Introdução – Sono e nutrição são pilares fundamentais para os atletas de culturismo. A sua inadequada recuperação, associada a uma má qualidade de sono e a um incorreto plano nutricional, prejudica a sua performance desportiva. Objetivos – Verificar se o treino e os hábitos alimentares num culturista afetam a qualidade de sono, assim como avaliar se esta se modifica ao longo da preparação da prova, na pré e pós-competição. Método – Avaliaram-se 10 atletas de culturismo (70% homens e 30% mulheres), entre 25 e 41 anos, sem presença de historial clínico relevante. A avaliação de sono foi realizada através do Índice de Qualidade de Pittsburgh do Sono e os hábitos alimentares através de um questionário para determinar o plano nutricional e de treino. Os atletas foram avaliados em quatro momentos: pré-competição (1.ª, 6.ª e 12.ª semanas) e na pós-competição. Resultados – Verificou-se significância estatística entre a intensidade dos treinos e a qualidade do sono (W=0,005), bem como entre esta e o número de calorias ingeridas (p<0,0001), sendo a sua média na 1.ª, 6.ª e 12.ª semanas e pós-competição, de 4320,00±1100,303; 3040,00±756,013; 1890,00±5914 quilocalorias (Kcal) e sem restrição calórica. Relativamente ao Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh verificou-se uma média de 7,90±2,846; 7,10±3,178; 9,60±4,326 e 6,00±3,300, respetivamente (valores superiores a seis sugerem má qualidade de sono), e à intensidade dos treinos de 10,40±2,459 com um valor máximo de 12 e um mínimo de seis (horas/semana). Discussão – Através desta amostra demonstrou-se uma predominância de atletas com má qualidade de sono. Observou-se uma relação estatisticamente significativa quando comparada a qualidade de sono com a intensidade dos treinos e o número de calorias ingeridas pelos atletas; demonstrou-se que, à medida que ocorre o aumento da intensidade do treino e a maior restrição calórica, o sono vai diminuindo na sua qualidade. A literatura refere inúmeros fatores que influenciam negativamente a qualidade do sono destes atletas que, por sua vez, interferem na sua recuperação física e psicológica. Conclusão – A maioria da amostra apresentou elevados valores do PSQI sugestivos de má qualidade e distúrbios do sono, principalmente na fase de pré-competição.

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Publicado

30-05-2023

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

Qualidade do sono e estado nutricional em culturistas (pré e pós-competição). (2023). Saúde & Tecnologia, 28, 47-54. https://doi.org/10.25758/set.518