Imunocitoquímica em citologia aspirativa do pulmão: comparação de quatro protocolos

Autores

  • Bruna Santos Departamento de Anatomia Patológica, Hospital CUF Descobertas. Lisboa, Portugal
  • Ruben Roque Departamento das Ciências do Diagnóstico, Terapêutica e Saúde Pública, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal
  • Teresa Pereira Departamento de Anatomia Patológica, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE. Lisboa, Portugal
  • Paula Mendonça Departamento das Ciências do Diagnóstico, Terapêutica e Saúde Pública, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa. Lisboa, Portugal
  • Saudade André Departamento de Anatomia Patológica, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE. Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25758/set.488

Palavras-chave:

Imunocitoquímica, May-Grϋnwald Giemsa, Polietilenoglicol, Papanicolaou, Processamento

Resumo

Introdução – A preservação a longo prazo de lâminas de citologia aspirativa por agulha fina (CAAF) é um requisito essencial nos laboratórios de citopatologia para a posterior realização de imunocitoquímica (ICQ). A ICQ contribui para um diagnóstico correto e completo, sendo essencial a preservação morfológica e antigénica a longo prazo para obter resultados confiáveis. Neste estudo pretende-se avaliar a imunoexpressão dos antigénios TTF1, p40 e cromogranina A em amostras de CAAF do pulmão retiradas do arquivo e coradas pelos métodos de: i) Papanicolaou (Pap) e ii) May-Grünwald Giemsa (MGG); iii) preservadas em polietilenoglicol (PEG); e iv) processadas como citobloco (CB). Métodos – Foram selecionados do arquivo 24 exames de CAAF com diagnóstico de carcinoma primário do pulmão, com amostra processada por cada um dos protocolos em estudo (Pap, MGG, PEG e CB). Com base no diagnóstico foi realizada imunomarcação com anticorpos primários antí-TTF1 (adenocarcinomas), antí-p40 (carcinomas pavimentocelulares) e anti-cromogranina A (carcinomas neuroendócrinos). A qualidade da imunomarcação foi aferida por dois avaliadores independentes com recurso a uma escala, com classificação entre 0 e 27 pontos, e que compreende os parâmetros: preservação morfológica, intensidade da marcação específica, sensibilidade, especificidade e contraste. Resultados – A pontuação média obtida para os métodos Pap, MGG, PEG e CB foi de 21,58 (±4,54), 11,79 (±1,88), 22,25 (±5,30), 26,31 (±1,21) pontos, respetivamente. O CB conseguiu resultados superiores aos restantes protocolos em estudo (p<0,05). Quando comparados os protocolos a par (post-hoc de Tuckey), os únicos que não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre si foram Pap e PEG (p=0,814). Conclusões – O CB é o protocolo de eleição para a realização de ICQ nas amostras e para os antigénios em estudo. Os métodos Pap e PEG apresentaram perda de imunormarcação, podendo levar a resultados falso-negativos. O protocolo de MGG não obteve imunomarcação em nenhuma amostra.

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Publicado

01-06-2022

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

Imunocitoquímica em citologia aspirativa do pulmão: comparação de quatro protocolos. (2022). Saúde & Tecnologia, 26, 27-35. https://doi.org/10.25758/set.488